CORREDOR CULTURAL DE COLATINA

Segue abaixo, amigos leitores deste blog um material bem interessante enviado pela Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Colatina, Espírito Santo. Está bem distante do nosso cariri, mas como fala de cultura e mostra uma experiência bem legal, vale a pena conferir.

"Livros não mudam o mundo,

quem muda o mundo são as pessoas.

Os livros só mudam as pessoas."

Mário Quintana

Dentro do projeto "Colatina Cidade Leitora", a Prefeitura de Colatina, através da Superintendência de Cultura cria o "Corredor Cultural". A proposta desse projeto é de criar, na Praça Sol Poente, um corredor com bustos de grandes escritores vivos. A finalidade é de homenagear e valorizar, ainda em vida, o trabalho desses mestres da literatura, incentivando a prática da leitura no nosso povo.As esculturas, de duas vezes o tamanho natural, são obras do renomado escultor Nilson Camizão, hoje um grande incentivador da cultura e das artes em Colatina.

Os bustos que serão inaugurados são dos escritores Affonso Romano de Sant'Anna, Filogônio Barbosa de Aguilar, Ignácio de Loyola Brandão e Zuenir Ventura. Os próximos, que serão colocados na praça em início de maio, serão de Marina Colasanti e Ziraldo. A proposta é colocar no "Corredor Cultural", dois bustos por mês.

Inauguração neste sábado, às 19h na Praça Sol Poente

Informações sobre os escritores:

AFFONSO ROMANO DE SANT'ANNA

(Um dia dizendo seus poemas na Irlanda, no Festival Gerald Hopkins(1996), ou na Casa de Bertold Brecht, em Berlim(1994), outro dia no Encontro de Poetas de Língua Latina(1987), no México, ou presente num encontro de escritores latino-americanos em Israel(1986), ou participando o International Writing Program, em Iowa(1968), Affonso Romano de Sant´Anna tem reunido através de sua vida e obra, a ação à palavra . Foi assim quando em 1973 organizou na PUC/RJ a EXPOESIA, que congregou 600 poetas desafiando a ditadura e abrindo espaço para a poesia marginal; foi assim quando em 1963, no início de sua vida literária, tornou-se um dos organizadores da Semana Nacional de Poesia de Vanguarda, em Belo Horizonte. Com esse mesmo espírito de aglutinar e promover seus pares criou, em1991, a revista "Poesia Sempre" que divulgou nossa poesia no exterior e foi lançada tanto na Dinamarca, quanto em Paris, tanto em São Francisco quanto New York, incluindo também as principais capitais latino-americanas.
Atento à inserção da poesia no cotidiano, produz poemas para rádio, televisão e jornais. Tendo vários poemas musicados (Fagner,Martinho da Vila), foi por essa e outras razões convidado a desfilar na Comissão de Frente da Mangueira na homenagem a Carlos Drummond de Andrade,em 1987. Apresentou-se falando seus poemas, em concerto, ao lado do violonista Turíbio Santos . Tem também três CD de poemas: um gravado por Tônia Carrero, outro na sua voz editado pelo Instituto Moreira Salles e o mais recente, pela Luzdacidade, com a participação de atrizes e escritoras Seu CD de crônicas, tem participação especial de Paulo Autran Escreveu dezenas de livros de ensaios e crônicas. Como cronista, aliás, substituiu Carlos Drummond de Andrade no "Jornal do Brasil"(1984).

FILOGÔNIO BARBOSA DE AGUILAR

(Nascido em Minas Gerais na cidade de Malacacheta no dia 10 de junho de 1934, Filogônio formou-se em letras pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Colatina. Foi professor de Língua Portuguesa, Redação e Expressão, Literatura Brasileira durante 30 anos. Atuou como diretor e ator em mais de dez peças teatrais e escreveu várias obras: "Em Baixo do arco-íris", "A herança da baronesa", "Sua alteza vai chegar", "O herdeiro do Paraíso", "O pecado de Laura". São também de sua autoria quatro romances: "Náufragos da Esperança" "Os tripulantes da Noite", "Cinderela dos Cafezais" e "O Diamante Azul". Mas é na pintura que Filogônio mais se identifica. Entre telas e murais, já executou mais de três mil obras que hoje se encontram espalhadas pelo Brasil e algumas no exterior. Pintou grandes murais de temas sacros em igrejas de Colatina, de outras cidades do Espírito Santo e de outros estados), descobrir novos talentos e estimular a produção literária em âmbito nacional para valorizar obras inéditas em Língua Portuguesa.

IGNÁCIO DE LOYOLA BRANDÃO

Ignácio de Loyola Brandão nasceu em Araraquara, interior de São Paulo, em 1936. Desde cedo, Ignácio já mostrava uma forte relação com a literatura. Escrevia textos e críticas de cinema para jornais e publicações de sua cidade natal. Seu trabalho jornalístico lhe proporcionou um grande leque de opções literárias. Ele escreveu de tudo: contos, romances, biografias, crônicas. Suas obras foram adaptadas para o teatro e cinema. Alguns de seus trabalhos foram traduzidos e publicados em diversos países. Seus livros "Pega ele, silêncio", "O homem do furo na mão" e "O homem que odiava segunda-feira" (contos), "Bebel que a cidade comeu", "Zero" e "O ganhador" (romances) são consideradas obras-primas do autor.

ZUENIR VENTURA

Jornalista e professor universitário há 40 anos, Zuenir Ventura é um dos grandes nomes da imprensa no Brasil. Colunista do jornal O Globo, com passagem pelo Jornal do Brasil, Zuenir traz em suas crônicas lucidez, firmeza e atenção a problemas nacionais e outros temas do cotidiano. Os textos produzem um retrato da realidade do país e é justamente a reunião deles, publicados entre 1995 e 1999, que o autor traz em "Crônicas de um Fim de Século", lançado pela Editora Objetiva. Pela mesma editora, o escritor lançou "Inveja - O Mal Secreto", da série Plenos Pecados. Ventura, que trabalhou como repórter, redator e editor de jornais e revistas, ganhou os prêmios Esso de Reportagem e Wladimir Herzog de Jornalismo em 1989. Além de Crônicas, ele é autor de livros como os best-sellers "1968, O Ano que Não Terminou" e "Cidade Partida".