segunda-feira, 26 de maio de 2008

AS ALIANÇAS AMPLAS

O que pesa sobre o ombro das esquerdas quando elas tentam formar alianças mais amplas? Em primeiro lugar as dificuldades internas. Muitos militantes e até dirigentes dos partidos de esquerda não concordam com alianças em que possa se colocar em jogo a independência política do partido no caso de um governo em que o mandatário (governador, prefeito ou presidente) não seja do partido. Em segundo lugar a opinião pública, que acaba caindo na mesmice de cobrar do partido a coerência de não se coligar com quem já foi ferrenho adversário.

Outra dificuldade encontrada é que os formadores de opinião estão sempre de olho nos equívocos dos políticos e comentam mesmo, criticando, principalmente quando se pega alguém que sempre se defendeu ou se mostrou certinho. É o caso dos partidos de esquerda. Poucos ainda engolem certas alianças do PT com o PSDB, como acontece hoje em Minas Gerais. Aqui no Ceará o PT já foi aliado do PSDB em Sobral, e se não me falha a memória em Quixadá, no primeiro governo do Hilário Marques.

Em Minas Gerais o PT erra ao se aliar aos tucanos? Não sei bem ao certo a realidade lá, mas que Aécio Neves representa um PSDB menos elitizado e mais competente, isso representa. Talvez isso, tenha sido um ponto que serviu de base para a aliança entre as duas siglas.

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