domingo, 18 de maio de 2008

SOCIEDADE CIVIL TEM DIFICULDADE PARA DISCUTIR COM GOVERNOS O COMBATE À AIDS

O Conselho Latino-americano e Caribenho de Ong’s que trabalham com Aids (LLACASO) divulgou um relatório sobre a participação da sociedade civil no monitoramento e alcance de metas da Declaração de Compromisso em HIV/Aids para 2008. O objetivo do trabalho é analisar a participação da sociedade nas mobilizações contra a Aids.

Cada país pesquisado tem sua própria realidade, mas, em comum, eles enfrentam as dificuldades impostas pelas autoridades em partilhar com a sociedade civil organizada suas ações de combate ao HIV/Aids. Na Argentina, há uma certa interação entre as instâncias governamentais e a sociedade, mas não há mecanismos formais que facilitem a participação de mulheres e jovens nos processos de tomada de decisões.

Mas a América Latina e o Caribe não vivem só de exemplos negativos. Em Belize, no Brasil e no Peru, a sociedade tem espaço nas discussões. No Brasil, o Conselho Nacional de Saúde, vinculado ao Ministério da Saúde, tem representação paritária de usuários, administradores e prestadores de serviços. Além disso, o Programa Nacional de Aids tem as mulheres nos espaços de consulta.

Na América Latina, houve um aumento da importância das funções da sociedade civil para prevenir, e superar, essa epidemia. Mas é preciso avançar mais, por isso o Informe recomenda a ampliação da informação para o setor comunitário, a criação, ou fortalecimento, de redes comunitárias autônomas, livres e representativas.

O documento diz, ainda, que o fortalecimento das associações entre governo e setor comunitário, sobretudo no que diz respeito à co-gestão de fundos locais ou provenientes da cooperação internacional, promove a participação e coloca a sociedade em nível de sócio paritário e não de simples executor.

Site Adital

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