Quatro das 251 empresas denunciadas por trabalho escravo nos registros do Ministério do Trabalho estão no Ceará. Os empregadores autuados no Estado são Agrovale/Fazenda Araças, em Paracuru (com 141 trabalhadores resgatados), Fazenda Lagoa do Canto, em São Gonçalo do Amarante (20 trabalhadores), Libra Ligas do Brasil/Fazenda Tabuleiro, em Parambu (51 trabalhadores) e Mundial Construções e Limpeza, em Ubajara (48 trabalhadores).
Ontem, 48 pessoas foram incluídas no cadastro de empregadores autuados por exploração do trabalho escravo. Conhecido como lista suja do trabalho escravo, o cadastro, atualizado ontem pelo Ministério do Trabalho, tem 251 infratores que exploram trabalhadores em situação análoga à de escravo.
Do total, quinze empregadores tiveram seus nomes retirados da lista, dois por decisão judicial transitada em julgado e dois de forma temporária por ação liminar.
Os nomes são mantidos na lista nos casos em que o empregador não quitou as multas impostas pela fiscalização do trabalho, por reincidência, e nos casos de ações que estejam tramitando no Poder Judiciário. O ministério informou que também há pessoas que recorrem ao Poder Judiciário para ter seu nome excluído da lista e, em cumprimento à decisão judicial, o nome é retirado.
Segundo o ministério, nesta atualização, foram analisados os relatórios de fiscalização e pesquisados dados das superintendências regionais do trabalho e emprego entre outros órgãos. Também foi consultado o Sistema de Acompanhamento do Trabalho Escravo do ministério. Enquanto o empregador está com o nome no cadastro, ele não recebe financiamentos com recursos públicos.
Além disso, o setor privado penaliza os infratores por meio do Pacto Nacional com medidas restritivas de relacionamento comercial.
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