segunda-feira, 25 de julho de 2011

BANCOS CRIAM 6.851 EMPREGOS NO 1º TRIMESTRE, MAS ROTATIVIDADE REDUZ SALÁRIOS

Os bancos de todo o País geraram 6.851 novos empregos no primeiro trimestre de 2011, como resultado de 15.798 contratações e 8.947 desligamentos. Isso significa um leve crescimento de 1,42% em relação ao total de postos em 2010. As novas vagas representam apenas 1,30% dos 525.565 postos de trabalho criados por toda a economia brasileira nos primeiros três meses deste ano.

Os números são da 9ª Pesquisa de Emprego Bancário (PEB), feita pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) em parceria com o Dieese, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego.

Cai ainda mais o peso da massa salarial – A pesquisa aponta que a rotatividade segue diminuindo o peso dos salários na folha de pagamento dos bancos. A remuneração média dos admitidos nos três primeiros meses foi de R$ 2.330,25 e dos desligados, R$ 4.086,32. Assim, a diferença foi 42,97%, uma elevação de cinco pontos percentuais em relação a 2010, quando foi de 37,57%.

Aproximadamente 65% das admissões ocorridas no primeiro trimestre estão concentradas na faixa salarial entre 2 e 3 salários mínimos, ficando acima de 2010, quando essa faixa de remuneração significava 57,05% das contratações. Já os desligamentos ficaram concentrados nas faixas superiores a 4 salários mínimos, abarcando 75,44% dos desligamentos.

A grande diferença salarial entre admitidos e demitidos, apontada pela pesquisa, é justificada, em parte, pelo perfil de contratados dos bancos, concentrado em pessoas jovens, com menor escolaridade para trabalharem principalmente nos cargos iniciais da carreira bancária. Dos postos gerados, 11.508 foram ocupados por pessoas com até 29 anos, ou seja, 72,84%, o que evidencia a preferência dos bancos pela contratação de jovens.

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