Em uma iniciativa inédita no País, 40 guardas civis metropolitanos de São Paulo serão treinados pelo Ministério da Justiça para auxiliar de forma operacional e preventiva no combate ao tráfico de pessoas. O secretário de Segurança Urbana da capital paulista, Ítalo Miranda, apresentou o projeto no Centro da cidade na segunda-feira, durante inauguração da Semana de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. A Guarda Civil terá treinamento para detectar casos de tráfico de pessoas em situações como cárcere privado, trabalho escravo e exploração sexual.
Dessa forma, mais atentos aos indícios, os guardas poderão ajudar na identificação e denúncia, repassando informações tanto para Ministério Público do Trabalho como para a Polícia Federal. “Os homens da Guarda Civil serão designados para o centro de formação, onde vão receber instruções de agentes (da Secretaria Nacional de Segurança, do Ministério da Justiça). Esses 40 guardas serão os multiplicadores”, informou Miranda.
A partir da formação desse grupo, com previsão de início na próxima semana, haverá disseminação do conhecimento para o restante da tropa. O trabalho escravo é uma das finalidades do tráfico de pessoas. Por isso, o Ministério Público do Trabalho (MPT) está envolvido nas ações dessa semana, que marca o combate a este crime. A procuradora do MPT, Ana Gabriela Oliveira de Paula, explica que, na área urbana das cidades, predominam o trabalho escravo em confecções têxteis e na construção civil. Já na parte rural, o corte de cana é um dos vilões. (das agências)
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