A presidente Dilma Rousseff aproveitou ontem a criação das primeiras 15 mil vagas do Pronatec Aprendiz para reforçar o discurso do governo contra a redução da maioridade penal, aprovada na Câmara dos Deputados, em Brasília, numa votação de primeiro turno.
Segundo a presidente, o programa de qualificação profissional voltado para jovens a partir dos 14 anos começará em áreas “onde há maior grau de violência e, portanto, maior vulnerabilidade” dos menores de 18 anos. “Aonde não há Estado, parceria e organização empresarial, a tendência é que ações criminosas se desenvolvam mais e substituam as ações do Estado e da sociedade”, declarou Dilma.
“Temos que combater o uso de jovens pelo crime organizado. Não podemos aceitar que o crime organizado substitua o Estado e a sociedade”, completou. No esforço para entrar em uma sequência de agendas positivas e evitar que se amplie o desgaste causado pela crise política e econômica à sua imagem, a presidente listou em seu discurso programas que, segundo ela, garantiram a “inclusão social” no Brasil desde o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A presidente participou do início da reunião de trabalho no Palácio do Planalto para anunciar as primeiras 15 mil vagas do Pronatec Aprendiz. O número é modesto diante das cifras do programa: até 2018, a meta do governo é garantir 12 milhões de novas vagas no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, o Pronatec propriamente dito, uma das principais bandeiras de Dilma na educação.
Jornal O Povo
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