quinta-feira, 30 de julho de 2015

Servidores do IFCE se reuniram com reitor, debatendo funcionamento de atividades inadiáveis durante a greve da categoria

Terminou às 14h30 desta quinta-feira, 30/7, na Reitoria do IFCE, reunião entre integrantes da Diretoria Colegiada do SINDSIFCE e um integrante do Comando Geral de Greve dos Servidores e o reitor do Instituto, Virgílio Araripe, o pró-reitor de Gestão de Pessoas, Ivam Holanda, e diretores-gerais de três campi (Umirim, Caucaia e Fortaleza), representante do Conselho de Diretores (Coldir). A reunião debateu propostas de atividades mínimas e inadiáveis do IFCE que deverão continuar sendo realizadas durante a greve, em consenso a ser construído entre administração e servidores.

Convidados pela Reitoria, os diretores do SINDSIFCE destacaram logo no início do encontro, às 10h30 desta quinta-feira, que o Comando Geral de Greve é a instância credenciada para falar em nome dos servidores, não somente as seções sindicais, convidadas pela Reitoria. Ressaltaram que ofício nesse sentido foi encaminhado pelo Sindicato à administração do Instituto. Foi definido por consenso que, a partir de princípios discutidos no encontro de hoje, a Reitoria enviará uma proposta de atividades a serem mantidas. A proposta será submetida ao Comando Geral de Greve, na reunião já anteriormente marcada para esta sexta-feira, 31/7, às 14h, na Portaria do Aluno, do Campus Fortaleza.

Nova reunião com o reitor terça, 4/8

Além desse tema, os diretores do SINDSIFCE demandaram resposta da Reitoria a pautas de reivindicação locais dos servidores do Instituto, como a flexibilização de jornada de trabalho/30 horas e o auxílio-transporte, além de diversos outros pontos já informados à administração e sem resposta até o momento. 

Ficou definido que na próxima terça-feira, 4/8, às 9h, na Reitoria, o reitor Virgílio Araripe receberá diretores do Sindicato e integrantes do Comando Geral de Greve, para avançar de forma concreta quanto à jornada de 30 horas e ao auxílio-transporte. Os participantes dessa reunião serão definidos nesta sexta-feira, 31/7, pelo Comando de Greve, em votação durante a reunião aberta no Campus Fortaleza. 

Os servidores do IFCE seguem em greve, por uma pauta de reivindicações gerais e específicas, com destaque para a rejeição aos cortes orçamentários do Governo Federal, pela garantia de recursos para custeio e assistência estudantil, por educação pública de qualidade, por reposição salarial linear de 27,3% e pelo respeito ao direito à jornada de trabalho de 30 horas para os servidores técnico-administrativos. 

Debate sobre gênero e opressão 

Integrando as atividades de greve, os servidores do IFCE promovem nesta quinta-feira, 30/7, às 16h, um debate aberto a todos os interessados, no Campus Fortaleza, sobre o tema "Gênero, diversidade sexual e opressões"

O debate acontece como atividade de greve e será realizado no contexto da recente aprovação do Plano Municipal de Educação e do atual debate sobre o Plano Estadual de Educação, além de caso de machismo e homofobia registrado durante a assembleia dos servidores do IFCE que deliberou pela greve da categoria. Foram convidados convidados a compor a mesa da atividade o bancário, professor e lutador social Ailton Lopes, que foi candidato ao Governo do Estado pelo PSOL; a transfeminista e colunista do Brasil Post e da Revista Fórum Helena Vieira; a representante do Comitê de Autodefesa das Mulheres da UECE e UFC Nicolle Colares, e o bibliotecário no IFCE Campus Maracanaú e pesquisador de informação, gênero e teoria queer Gláucio Barreto.
 
Na mesa redonda, que será coordenada pela servidora Patrícia Freitas, deverão ser abordados temas como agenda de políticas públicas sobre a temática de gênero e diversidade sexual; experiências sobre transexualidade e combate ao machismo; violência institucional, assédios e estupros nas instituições de ensino e formas de organização para combater esse tipo de opressão.
 
Para o Comando de Greve do IFCE, um espaço de educação deve formar pessoas isentas de posturas que reproduzam qualquer forma de opressão e violência contra mulheres, homossexuais, negros, pessoas com deficiência, entre tantos outros segmentos excluídos desta sociedade. Por isso a necessidade de manifestar-se contra qualquer postura discriminatória tanto no âmbito do Instituto, como para além de seus muros.

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