Mais de 300 pessoas ameaçadas de morte. Assim é a situação no Pará, onde a defesa dos direitos humanos se confronta com os interesses de fazendeiros e traficantes e a vida humana passa a ter um preço, amplamente divulgado pelos executores das tarefas. Desta vez, a denuncia de ameaça de morte partiu de três bispos: Dom José Luiz Azcona, de Marajó; Dom Flávio Giovenale, de Abaetetuba, e Dom Erwin Kräutler, do Xingu. Em
comum, eles têm a luta contra a exploração sexual de crianças.
A prática de divulgar o preço pela cabeça de lideranças "é uma apologia ao crime. É um grito à consciência dos senhores deputados e senadores", disse Dom José Azcona ao pedir que os parlamentares busquem solução para a violência no Pará. Além da exploração sexual de crianças, o bispo de Marajó denunciou o tráfico de mulheres - especialmente em direção à Guiana Francesa - e a falta de um plano de desenvolvimento para a região que ouça a população local.
No último dia 6 de maio, pela manhã, os bispos estiveram em Brasília, onde fizeram a
denúncia, junto ao Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH) e, à tarde, participaram de uma audiência pública proposta pela Comissão da Amazônia da Câmara dos Deputados. Durante a audiência, eles denunciaram a situação em suas regiões. O pároco de Anapu, padre José Amaro Lopes de Souza, que também é ameaçado de morte, participou da audiência.
fonte: boletim Anote
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