As operadoras de telefonia se movimentam para ocupar mercados que ainda não foram regulamentados no País. A compra da Brasil Telecom pela Oi depende de mudança no Plano Geral de Outorgas, que regulamenta a telefonia fixa. Todas estão de olho no segmento de TV por assinatura, regulamentado pela Lei do Cabo, de 1995, que restringe a participação das empresas de telefonia e limita a participação do capital estrangeiro. O Congresso discute mudanças na lei.
No ano passado, o número de assinantes da TV paga chegou a 5,3 milhões, alta de 12% em relação a 2006. "Para as operadoras de telefonia, é um mercado que vem pronto, já que elas contam com a infra-estrutura instalada. O consenso é que a lei tem que mudar", diz José Fernandes Pauletti, presidente da Abrafix, associação que representa as operadoras de telefonia fixa.
Já para o presidente da Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA), Alexandre Annenberg, as teles querem sufocar as operadoras de cabo, que não têm tanta capacidade de financiamento.
Os dois lados concordam, entretanto, de que o mercado é impulsionado pela possibilidade de oferecer pacotes que reúnam acesso rápido à internet e programação de TV por assinatura. Segundo pesquisas, 60% dos clientes que contratam serviços de banda larga também compram pacote de TV por assinatura. (das agências)
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