A Lira Nordestina não mais existe. Constato que, por aí, em Juazeiro do Norte, pouca gente lembra que isto um dia existiu. Acompanho sistematicamente os lançamentos de novos cordéis em várias partes do Nordeste. E vejo com que facilidade os velhos e nobres títulos da Lira estão engordando os bolsos de quem se aventura a reeditá-los, com a maior facilidade. É de domínio público, mas cabia a Lira inibir este artifício, editando ela mesma o seu patrimônio. Nada disso. Dois exemplos: um dos últimos folhetos saídos por aqui, conta a história do cordel e, para o poeta, tudo começou com Leandro Gomes de Barros, seqüenciou com João Martins de Athayde até chegar aos poetas de hoje em dia. De Zé Bernardo, só foto de capa, e nenhuma palavra. Noutro, reedição de clássico raro da Lira, à sua revelia, o folheto é ilustrado com capa de xilogravura de Stênio Diniz, o neto de José Bernardo.
(Renato Casimiro, de Fortaleza)
Postado por DANIEL WALKER
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