O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que trabalhará para eleger o próximo presidente da República nas eleições de 2010. Durante seu discurso de lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Manaus, Lula ressaltou que é um democrata, "cumpridor da Constituição" e contra a tese do terceiro mandato, pois seu governo termina em 2010.
"Agora o que eles têm que saber, em alto e bom som, e pode até ficar mais com raiva de mim, é que nós vamos fazer o próximo presidente da República neste país. Eles podem ficar certo que nós vamos fazer", declarou Lula, em um recado indireto para os líderes da oposição.
Lula também defendeu a alternância de poder e disse que não brinca com a democracia. "Eu não brinco com democracia, porque toda vez que se brinca com a democracia se quebra a cara. A alternância de poder é importante. Toda vez que um dirigente político se acha imprescindível e insubstituível está começando a nascer um pequeno ditadorzinho dentro dele. E eu sou democrata", afirmou.
O presidente voltou a falar sobre o preconceito que sofreu ao assumir a Presidência da República por ser nordestino e sem formação acadêmica. O presidente reclamou que, quando ganhou a primeira eleição, em 2002, as pessoas estavam pessimistas e o diziam: "O Brasil vai quebrar", "esse Lula não vai dar certo", "imagina esse retirante nordestino querer governar um país que sempre foi governado por doutor".
"O que eles não sabiam é que eu tinha a convicção de que eu sabia mais do que eles e que não podia errar", discursou o presidente, ao lembrar que apanhou feito "cachorro sarnento" para aprender a governar. "Não foi fácil. Tinha até medo do segundo mandato, porque, se apanhasse tanto como no primeiro, ia morrer de pancada", brincou.
Jornal O Povo
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