domingo, 4 de maio de 2008
UNIDADE PREVISTA
PDT e PSDB juntos em Fortaleza. Para quem vê, dá para se admirar. Entretanto, as duas legendas não tem muitas alternativas. O PDT está na oposição ao Governo Cid Gomes, pelo menos essa tem sido a postura de deputado estadual Heitor Férrer o mais ferrenho crítico de Cid Gomes. Já o PSDB mesmo estando no governo Cid com alguns secretários, vem sempre sendo rejeitado pelos partidos de esquerda que acompanham Cid Gomes. O nome de Patrícia Sabóya vai esquentar as eleições em Fortaleza. Ciro Gomes disse dia nesses em entrevista que apoiaria Patrícia. E agora? Acompanhe matéria sobre o tema no Jornal o Povo de hoje.
PDT cede e fecha aliança proporcional com tucanos
Foi fechada ontem a aliança entre PDT e PSDB para as eleições municipais deste ano. Os dois partidos vão disputar juntos a Prefeitura Municipal de Fortaleza com a senadora Patrícia Saboya (PDT) como candidata ao cargo. Representantes dos dois partidos se reuniram no início da tarde de ontem e chegaram a um acordo a disputa no pleito proporcional. Havia divergência entre parte dos pedetistas e os tucanos. É que alguns dos pré-candidatos temiam que uma aliança entre as duas legendas resultasse num enfraquecimento do PDT na Câmara Municipal, já que o peso dos tucanos nas urnas poderia ser maior. Pedetistas chegaram a ameaçar desistência em massa das candidaturas.
Segundo o presidente estadual do PDT, André Figueiredo, os dois partidos conseguiram estabelecer consenso no que se refere às perdas e ganhos da coligação. "De forma consensual, vimos que, efetivamente, não vai causar prejuízo, porque podemos construir uma agenda em comum, para que todos possam fazer um bom número de vereadores e a prefeita (Patrícia Saboya, pré-candidata ao cargo) tenha uma base de apoio", indicou Figueiredo. "Nós estabelecemos fazer a coligação em todos os níveis. O projeto que temos para Fortaleza supera todas as outras questões", enfatizou o presidente da sigla no Ceará.
De acordo com a presidente municipal do PSDB, Tânia Gurgel, um dos nomes cotados para compor a chapa juntamente com a senadora, disse que, agora, com a aliança fechada, os próximos passos dos partidos será estabelecer uma programação conjunta para início de campanha da coligação. A previsão, segundo ela, é que sejam estabelecidas novas datas de encontros para esta semana. Para a tucana, os partidos conseguiram estabelecer um equilíbrio quanto às expectativas de eleições para cargos proporcionais. "Considerando que temos uma questão maior, que é a candidtura majoritária. Entendemos que na questão proporcional ninguém sai perdendo ou ganhando demais. É uma questão de equilíbrio", avaliou Tânia.
O presidente municipal do PDT, vereador Márcio Lopes, que deverá tentar a reeleição para o cargo neste ano, chegou a indicar a possibilidade de haver desistência em massa de pré-candidatos pedesitas. Ele disse ao O POVO, na última sexta-feira, que não compensaria uma coligação com os tucanos, caso eles emplacassem um maior número de parlamentares por meio da coligação com o PDT.
Fazendo parte da coligação, o PSDB acrescenta à chapa seu tempo de campanha na televisão e no rádio, oferece mais estrutura de campanha e empresta o peso da legenda tucana à candidatura de Patrícia Saboya. O PDT ganha força com a indicação de um tucano para vice de Patrícia. Com isso, os tucanos têm a possibilidade de emplacar mais nomes na Câmara Municipal, nas eleições proporcionais.
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