sexta-feira, 18 de julho de 2008

REDUÇÃO DE ACIDENTES E SEGURO DE AUTOMÓVEIS

Nos próximos meses, caso seja comprovada realmente uma redução no número de acidentes por causa da implantação da nova lei seca, os motoristas devem sentir a mudança também no bolso: segundo o presidente da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg), Jayme Garfinkel, junto com a diminuição nos acidentes, cairá o preço do seguro dos automóveis.

"Se houver menos vítimas de acidentes de trânsito e baixarem os sinistros por colisões, tudo vai diminuir e impactar o preço do seguro", disse Garfinkel. Segundo o presidente da Fenseg, o prazo para que o mercado reavalie os preços é de três meses.

O advogado especializado em seguros, Antônio Penteado, explica, porém, que a queda no número de acidentes não será sentido no bolso do consumidor na mesma medida que uma possível queda nos acidentes. "Caso o número de acidentes caia 10%, para o consumidor a queda deve representar, a princípio, desconto de 4% a 5% no seguro". Isso ocorre porque há uma parcela de acidentes causados por motoristas embriagados cujos prejuízos acabam sendo pagos pelas seguradoras.

Segundo estatísticas da Fenseg, as indenizações pagas por causa de colisões (com perda total ou parcial) representaram 54% (R$ 2,5 bilhões) dos desembolsos totais no ano passado. Roubo e furto são a segunda causa de indenizações, aproximadamente 42% do total dos pagamentos de 2007.

Apesar da "tendência de queda", o presidente da Fenseg lembra a última ocasião em que isso ocorreu: em 1997, época da implementação do Código de Trânsito Brasileiro, os acidentes caíram, mas depois subiram novamente - e os preços dos seguros continuaram basicamente os mesmos.
Agência Estado

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