A Universidade Regional do Cariri (URCA) está à frente de um projeto de três anos, que se inicia esta semana na região. Trata-se da maior escavação paleontológica controlada do Nordeste brasileiro, com a participação de cerca de 20 pesquisadores, estudantes de graduação, pós-graduação e docentes, além da presença do cientista renomado, internacionalmente, Alex Kellner, do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Este projeto ainda conta com estudantes e docentes de universidades de estados do Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Pernambuco e do Cariri. O trabalho vem sendo coordenador pelo professor doutor da URCA, Álamo Feitosa.
Alex Kellner explica que a escavação controlada significa procura dos fósseis de acordo com os níveis das rochas, em que se consegue documentar em qual deles foi encontrado o tipo de fóssil.
Essa é a primeira etapa dos trabalhos, iniciada pela parte leste da Chapada do Araripe, área pouco pesquisada na área da paleontologia. O projeto conta com a parceria da URCA e Museu Nacional, e a participação da UFPE e UFRJ. O trabalho vem sendo desenvolvido por meio de projeto aprovado pelo CNPq, no valor de R$ 130 mil.
As escavações começaram no final se semana e terão continuidade, na localidade de Baixa Grande, no Distrito de Brejinho, em Araripe, até o próximo sábado. Os próximos municípios a serem visitados são Salitre e Campos Sales, até a proximidade do Ceará com o Piauí. A perspectiva é encontrar, além de fósseis comuns aos que já vêm sendo estudados há vários anos na região, pterossauros e dinossauros, que são os de maior porte.
Segundo o chefe da equipe, Álamo Feitosa, também coordenador do Geopark Araripe, que vem apoiando os trabalhos, nesta primeira semana de escavações deverão ser encontradas cerca de 4 mil peças de fósseis, que serão repassados para instituições da região, como o laboratório do Museu de Paleontologia, o Município de Araripe e Departamento Nacional de Proteção Mineral (DNPM).
A escavação está sendo registrada pela National Geographic e acompanhada pela cineasta Lara Velho, que já produziu documentários na Antártida, Mato Grosso, Minas Gerais e várias outras regiões sobre Paleontologia.
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