quinta-feira, 30 de maio de 2013

CAIXA: GOLPE DO “ERRO” É UMA FRAUDE

Os telejornais (sic) do Gilberto Freire com “i” (*) reproduziram a tecnologia da bolinha de papel que pesava dois quilos, e os “aloprados” que foram usados para abafar o escândalo das ambulâncias amplamente super-faturadas na jestão Cerra no Ministério da Saúde.

É a estratégia do Golpe preventivo.

Como os boatos que provocaram uma corrida às agências da Caixa podem revelar uma esperteza que seria empregada no calor da eleição presidencial do ano que vem, o PiG (**) saiu lépido em busca do “erro” da Caixa que provocou a corrida.

É o que fizeram todos os telejornais (sic) do Freire com “i”: a culpa é da Caixa, antes que …

Diz a manchete do Globo desta terça-feira:

“Governo culpa 3º escalão por erro (sic) …”

Estadão, em comatoso estado:

“Caixa admite erro”…

Folha (***):

“Caixa admite que cometeu erro”…


Em coro.

Parece ensaiado.

E é.

É preciso desmoralizar o Bolsa Família – como tenta o Eduardo – e o Enem, obras do Nunca Dantes.

(O Enem bateu record, com mais de 7 milhões de inscritos, e o Bom (?) Dia Brasil fez uma “reportagem” sobre os defeitos …

Deve ser porque os filhos do Dr Roberto – eles não têm nome próprio – jamais se deram ao trabalho de fazer vestibular para uma faculdade. Nasceram sabendo.)

Leia a seguir uma nota oficial da Caixa sobre a fraude do Golpe  Golpe,  e a entrevista que o ansioso blogueiro fez, por telefone, com José Urbano Duarte, vice-presidente de Governo da Caixa:


PHA: Eu vou conversar agora com José Urbano Duarte. Ele é Vice-presidente de Governo da Caixa Econômica Federal. Entre setembro de 2009 e dezembro de 2010, ele conduziu a gestão do programa “Minha Casa Minha Vida”, como Superintendente Nacional na área criada para essa finalidade. Em janeiro de 2011, ele ocupou a Superintendência Geral em Brasília, até assumir esse novo cargo de Vice-presidente de Governo.  Eu gostaria primeiro de estabelecer uma certa cronologia – para que eu possa entender e também os nossos leitores e os nossos ouvintes do Conversa Afiada:

Nos dias 18 e 19 desse mês, houve uma corrida aos postos de recebimento do Bolsa Família em muitos estados do País.

Boatos que criaram a expectativa de que não teria dinheiro para pagar. O presidente da Caixa, Jorge Hereda confirmou que, no dia 17, véspera dos boatos, houve uma mudança na escala de pagamento, e todo o dinheiro do programa foi liberado – eu estou lendo aqui a primeira página do jornal Folha de São Paulo.

Eu lhe pergunto: existe uma relação entre essa mudança na escala de pagamentos e a corrida ?


Urbano: Olha, nós não acreditamos nisso. E não é apenas por uma percepção individual da Caixa. É em função de um histórico. Por quê ? As pessoas sempre vão receber seus benefícios naquele dia em que está definido no seu cronograma. Então, não haveria nenhum motivo para que fossem antes. Além disso, quando a gente compara historicamente os pagamentos, a gente verifica que no dia em que é liberado o pagamento de um determinado grupo de famílias, cerca de 70%, no limite 80%, vão naquele mesmo dia receber. Muitos deixam para receber em dias posteriores, porque é mais convenientes para eles.  Não existe nenhum tipo de motivação que levasse a esse recebimento, ou a essa corrida. Especialmente num sábado à tarde. No dia da própria abertura, na sexta-feira (17), a quantidade de pagamentos  foi inferior à quantidade de pagamentos que teve, por exemplo, na sexta-feira do mês de abril. Então, não havia naquele dia nenhuma anormalidade. Somente no sábado, na parte da tarde, é que começou a ter um movimento adicional.

PHA: A partir de quando a mudança começou a funcionar? Na sexta-feira ?
Urbano: Seria possível as pessoas sacarem já na sexta-feira (17), mas não ocorreu esse movimento que aconteceu sábado à tarde. Só aconteceu sábado à tarde, com um detalhe: não foram em todos estados e todas as cidades: (os saques) foram concentrados em treze estados. Em diversos  estados do País o movimento – mesmo no sábado – foi normal.  Nós não tivemos que tomar nenhuma medida extraordinária para administrar o fluxo adicional de pessoas em nossas unidades.

PHA: Então, para fixar corretamente: a mudança começou a ser efetuada na sexta-feira (17) e a corrida foi na tarde de sábado (18).
Urbano: Exatamente.

PHA: E esse movimento de sexta-feira foi absolutamente igual ao da sexta-feira anterior. E a corrida não se registrou no País inteiro – o que teria ocorrido se a causa fosse a mudança da escala (de pagamentos).

Urbano: É, a nossa visão, a nossa análise, é exatamente essa. Não faz sentido para nós que tenha acontecido em alguns lugares e não tenha acontecido em outros. Que tenha acontecido no dia seguinte e não tenha acontecido na sexta.  Mas, enfim, evidente que ,em função do fato e da proporção que tomou, a Polícia Federal vai investigar e chegar às conclusões. Nós estamos dando todas as informações para que eles possam chegar a uma conclusão. Mas a nossa leitura é exatamente essa que você fez.

PHA: José Urbano, qual foi o erro, a informação equivocada, pela qual o presidente da Caixa, Jorge Hereda – pediu desculpas ? É que no “Bom Dia Brasil” de hoje e no “Jornal Nacional” de ontem, o senhor, José Urbano Duarte, é responsabilizado por ter cometido esse erro. Qual foi esse erro? Se é que se pode chamar assim.
Urbano: Esse erro foi o seguinte, Paulo: durante o final de semana, no sábado e no domingo, as agências estão fechadas. Então, você não tem uma estrutura de atuação que você tem em uma segunda, uma terça, enfim, em um dia de útil.  Então, o que nós focamos no final de semana, foi em tentar administrar um movimento atípico, um momento absolutamente atípico em uma agência bancária num final de semana. Nós tínhamos todo o interesse em fazer com que esse movimento voltasse à normalidade. Então as nossas medidas no sábado e no domingo eram de passar tranquilidade para as famílias, para que elas soubessem que (o boato) não era verdade. Quando nós chegamos às agências no final de semana, o que as pessoas verbalizavam era que estavam indo lá porque tinham recebido a informação de que o Bolsa Família ia acabar naquele sábado à noite, e quem não fosse lá receber ia perder.  Fruto disso, nós tínhamos o objetivo de passar tranquilidade. Esse foi o nosso foco durante todo o fim de semana. Na segunda-feira de manhã (20), eu dei uma entrevista ao “Bom Dia Brasil”, em que me foi perguntado quando a gente abriu para pagamento. A informação que eu tinha naquele momento, inclusive por que na sexta-feira tinha sido tudo absolutamente normal, era que a abertura tinha acontecido no sábado – inclusive em função do problema. E não era isso. A abertura tinha acontecido já na sexta-feira, embora não tenha acontecido [a corrida de saques] na sexta-feira. Em relação a isso é que a gente se retratou.

PHA: Para deixar claro de novo. Sua entrevista foi na segunda-feira, às sete horas da manhã. Portanto, a corrida já havia acontecido no sábado e no domingo. Então não há nenhuma relação entre sua entrevista e a corrida?
Urbano: Perfeitamente, minha entrevista não foi motivadora disso porque ela foi posterior ao problema.  Eu tinha uma informação imprecisa e validei ela durante a entrevista. Hoje as pessoas fazem uma imagem de que isso foi incorreto. E foi incorreto mesmo, eu tinha que ter a informação naquele momento, não tinha, e por isso a gente se desculpou. Mas não acredito que essa informação tenha causado alguma coisa no passado.

PHA: Ou seja, não há relação de causa e efeito entre uma entrevista dada ao “Bom Dia Brasil” – o programa se chama “Bom Dia Brasil”, o que é uma liberdade, uma vez que deveria se chamar “Mau Dia Brasil”.
Urbano: Risos.

PHA: … o programa chamado “Bom Dia Brasil”  vai ao ar às sete e trinta da manhã, horário de Brasília. Logo, (uma entrevista) na segunda-feira às sete e trinta da manhã não podia causar uma corrida na tarde de sábado, não é isso?
Urbano: Perfeito, Paulo. Nossa avaliação é essa também.


SE O AMIGO LEITOR QUISER OUVIR A ENTREVISTA CLICK NO BLOG DO JORNALISTA PAULO HENRIQUE AMORIM

www.conversaafiada.com.br

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