Os promotores de Justiça que auxiliaram a Procuradoria do Crimes Contra a
Administração Pública (Procap) concederam entrevista coletiva, na manhã
de ontem, na Escola Superior do Ministério Público (Esmp), para falar
sobre a ´Operação Vil Metal´, desencadeada na manhã da última
terça-feira, em São Gonçalo do Amarante, na Região Metropolitana de
Fortaleza (RMF). O coordenador da Procap, promotor Maurício Carneiro,
disse que o Ministério Público Estadual (MPE), desde a elucidação do
"escândalo dos banheiros", descobriu que a empresa envolvida no caso, a
´Dimetal Construções e Serviços Limitada´, continuou agindo
criminosamente em outras cidades cearense e até fora do Ceará.
Já o promotor Luiz Alcântara
informou que a ´Dimetal´ está registrada em nome de dois serventes de
pedreiro, que nunca receberam um centavo, nem tiveram dinheiro
depositados nas suas contas bancárias.
Somente no cartório de
Messejana, foram assinadas 19 procurações públicas, dando aos membros da
quadrilha poderes para fazer movimentação financeira, participar de
processos licitatórios e firmar contratos de serviços com prefeituras de
vários Municípios do Interior do Estado do Ceará.
Além
de São Gonçalo do Amarante, ex-administradores de outros 23 Municípios
estão sob investigação. Alcântara preferiu não citar os nomes das demais
cidades, já que as investigações ainda estão se desenrolando.
Conforme
o Ministério Público, esquema criminoso que desviava verbas públicas
através de fraudes licitatórias passou a ser descoberto a partir do
momento que em que ficou constatado que a empresa não tinha nenhum
servidor e vencia todos processos de licitação para oferecer serviços à
Prefeitura de São Gonçalo do Amarante.
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