O deputado Dr. Santana (PT) defendeu, no primeiro expediente
da sessão plenária desta quinta-feira (03/09), a volta da Contribuição
Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) para garantir mais recursos à
saúde. Segundo ele, a cobrança de um novo imposto iria minimizar os problemas
da saúde pública do País. “O que se vê é que o sistema começa a ter
dificuldades”, argumentou.
Na avaliação do parlamentar, além de compensar a defasagem
da tabela de procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS), a nova contribuição
possibilitaria “maior investimento nos programas de saúde da família, a
cobertura de 100% em todos os municípios brasileiros, e recursos para o acesso
da população ao atendimento especializado”.
De acordo com Dr. Santana, o SUS é um sistema que garante
atendimento a 11 milhões de pessoas por ano, fazendo três milhões de partos e
400 milhões de consultas. O petista ressaltou que o Brasil gasta, por meio do
sistema, mais do qualquer outro país do mundo e possui um programa à Aids, que
é referência internacional.
Mesmo contrário à política proposta pelo ministro da
Fazenda, Joaquim Levy, Dr. Santana acredita que a volta da cobrança vai taxar
os ricos. “Defendo que essa contribuição seja paga pelas grandes fortunas e
ricos. O que nós queremos é que os grandes paguem para que os trabalhadores
tenham saúde de qualidade”, acrescentou.
Em aparte, João Jaime (DEM) se mostrou contrário a volta do
tributo e disse que “não dá mais para submeter à sociedade a todos os erros da
presidente Dilma”. E que as dificuldades do País são fruto de medidas tomadas
pelo próprio Governo Federal, que beneficia os banqueiros.
O deputado Ely Aguiar (PSDC) endossou o pronunciamento de
João Jaime e disse que “vê utopia no que o PT defende, pois foi um partido que
o País acreditou e, em 12 anos, colocou o Brasil no fundo do poço”. Quanto à
CPMF, disse que já foi gerenciado pelo PT não melhorou a saúde do País. “Trazer de novo é massacrar a sociedade
brasileira”, reforçou.
Agência de Notícias da Assembleia
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