Na segunda etapa do programa Mais Médicos do Ministério da Saúde, 170 profissionais chegaram a 103 cidades do Interior do Ceará. Outros 42 vão trabalhar na Capital. O Ceará é o Estado que mais recebeu médicos do programa. Inicialmente, as equipes participam de reuniões de conhecimento do sistema local de Saúde, visitam as Unidades de Atenção Básica (UBS) onde vão atender à população e definem locais de moradia e transporte.
O cronograma de trabalho segue definição de cada Secretaria de Saúde do município, mas a maioria dos profissionais que começou a chegar às cidades nos últimos dois dias somente vai atender à população a partir da próxima semana. "É um período de adaptação e conhecimento", explicou a coordenadora de Atenção Básica de Iguatu, Solange Queiroz.
Na manhã de ontem, quatro médicos cubanos e um mexicano chegaram a Iguatu e estiveram reunidos na Escola de Saúde Pública local. A expectativa de início de atendimento foi apresentada pelo médico, Alejandro Cortés, mexicano, em uma letra de música em que enaltece o sonho de Bolívar de união entre os povos latinoamericanos, dos médicos do mundo e esforço do governo federal em ampliar a assistência de atenção básica de Saúde.
O prefeito de Iguatu, Aderilo Alcântara, disse que solicitou a vinda de mais dez médicos do programa. "O nosso objetivo é ampliar o atendimento à população e, para isso, estamos investindo na melhoria das unidades de saúde com serviços de reforma e ampliação", frisou. "Temos 25 equipes e precisamos aumentar a oferta dos serviços de atenção básica".
Dos quatro médicos cubanos que vieram para Iguatu, três são mulheres (Dália Domingues, Damaris e Dália Moreno) e Damião Fernandez que deixaram famílias em Cuba. Eles já têm experiência em trabalhos de assistência básica em países da América do Sul e na África. "Nós viemos para atender a população carente, trabalhar com dedicação e trazer a nossa experiência", disse Dália Dominguez.
O secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, Odorico Monteiro de Andrade, fez uma análise positiva do programa. "A população e os gestores municipais que receberam os profissionais na primeira etapa estão muito satisfeitos e o programa está avançando", observou. Ele disse que a prioridade do Ministério da Saúde é atender inicialmente os municípios que têm 20% da população em extrema pobreza e piores indicadores de saúde. "Enquanto houver brasileiros sem médicos, vamos continuar trazendo profissionais de outros países".
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