A Câmara Municipal de Granjeiro acabou recuando da ideia de armar a destituição do prefeito, Raimundo Duclieux, Dr. Gudy (PRB), após a notícia ter causado sentimento de grande insatisfação popular na cidade. Na sessão de sexta-feira (22), cerca de 1.500 pessoas lotaram a Câmara e seus arredores, numa demonstração de revolta com a atitude da casa legislativa.
Os vereadores recuaram da pretensão que, segundo informações, foi articulada pela vice-prefeita Viviane Tomé (PR) e seu pai, o ex-prefeito Vicente Félix de Sousa, conhecido como Dr. Vicente Tomé. Antes, houve uma tentativa de afastamento, também frustrada, do presidente da Câmara, vereador Raimundo Calixto (PTB). Segundo o gestor, o grupo do ex-prefeito se juntou aos vereadores de oposição, fazendo a maioria da Câmara. Fortalecido, passou a debater posições que levavam, segundo Gudy, a falsos indícios de irregularidades na atual administração da Câmara e do município.
Nesse contexto, o grupo de opositores passou a debater sobre a quantidade de divida s que se acumulam na prefeitura. O atual prefeito ressalta que as contas foram deixadas por administrações passadas, inclusive de Vicente Tomé, e estão sendo equacionadas. Segundo Dr. Gudy, a administração Dr. Tomé, deixou dívidas que, somadas, passam dos R$ 2 milhões em mais de 50 processos. Recentemente, o ex-prefeito Vicente Tomé, foi acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de não prestar contas dos R$ 160 mil destinados pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) para construção do açude Serra Nova.
A Justiça Federal no Ceará condenou o ex-gestor a ressarcir os valores aos cofres públicos, além de suspender os direitos políticos do ex-prefeito. O ex-prefeito nega o envolvimento na articulação, mas um dos vereadores cotado para organizar o esquema acabou revelando a trama. Depois da tentativa frustrada, Dr. Gudy se disse aliviado e surpreso com o apoio popular que, após a sessão, foi transformado em uma carreata pelas principais ruas da cidade.
O atual prefeito anunciou, ainda, que no início de 2014, deve encaminhar uma reforma administrativa para recompor sua base política.
Matéria na edição de hoje do Jornal do Cariri.
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