Com precipitações abaixo da média histórica, os anos de 2012 e 2013
apresentaram sucessivas baixas para o volume total de água armazenada em
açudes públicos do Ceará. Comparando-se os dados de janeiro de 2012 e
janeiro de 2014, houve redução de 54,7% nos reservatórios monitorados
pela Companhia de Gestão de Recursos Hídricos do Estado do Ceará
(Cogerh).
No início de 2012, o Estado contava com 70,6% da
capacidade em 139 açudes. Com cinco reservatórios a mais, os anos de
2013 e 2014 começaram com números mais baixos: 46,6% e 31%,
respectivamente.
Tanto em 2012 quanto em 2013, a redução dos
níveis dos reservatórios só deu trégua nos meses da quadra chuvosa.
Segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos
(Funceme), o período de chuvas dos dois anos (de fevereiro a maio) ficou
abaixo do que costuma chover no Ceará. A média histórica de 607,5
milímetros não foi alcançada nem em 2012 (com 302,4 mm) nem em 2013 (com
376,8 mm).
Segundo Yuri Castro, assistente técnico da
presidência da Cogerh, uma temporada com chuvas dentro da média
histórica é capaz de aumentar o volume total dos açudes em 20 pontos
percentuais.O último ano a apresentar uma boa recarga foi 2011, que
começou janeiro com 55,9% e chegou a 85,1% no início de junho, com 45
açudes sangrando. Mas nos dois últimos anos, afirma Castro, as chuvas
foram insuficientes para superar as perdas geradas pelo consumo de água
em todo o Estado.
Em 2012, os primeiros dias de cada mês
apresentam poucas mudanças causadas pelas chuvas de fevereiro a maio: de
69,2% em março para 69,4% em abril, 68,1% em maio e 66% em junho,
caindo para 62% em julho. Houve mais precipitações no ano passado, mas a
tendência se manteve: 43,6% em março, 42,4% em abril, 42,8% em maio e
42,9% em junho, tornando a cair para 42,5% em julho.
Jornal O Povo
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