Irritada com a resistência da presidente Dilma Rousseff em dar mais um ministério para o PMDB, a cúpula do partido resgatou uma ideia antiga: antecipar de junho para abril a convenção nacional que discutirá o caminho da legenda nas eleições presidenciais deste ano. Na prática, a antecipação do calendário guarda uma ameaça velada: o risco de desembarque do PMDB do governo.
O Palácio do Planalto ainda vê o gesto como blefe e, ao menos por ora, duvida de uma saída drástica como essa. O partido tem cinco ministérios (Minas e Energia, Previdência, Turismo, Agricultura e Secretaria de Aviação Civil) e quer ganhar a Integração Nacional.
O mapa atual da convenção do PMDB revela que os Estados insatisfeitos com o Planalto somam mais de 50% dos 742 votos. Há problemas no Rio, Maranhão, Amapá, Ceará, Bahia, entre outros. Presidente do PMDB, o senador Valdir Raupp (RO) disse que a ameaça de realizar pré-convenção ocorreu como reação. “Uma coisa puxa a outra.”
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