Karol Assunção
Jornalista da Adital
Adital
O candidato por Gana Perú, Ollanta Humala, é o novo presidente eleito do Peru. No início da tarde de hoje (6), o Escritório Nacional de Processos Eleitorais (Onpe, por sua sigla em espanhol) já tinha contabilizado 89,80% das urnas e indicava que Humala possuía 51,36% dos votos. Keiko Fujimori, candidata por Fuerza 2011, aparecia com 48,63% dos votos.
Apesar da pequena vantagem, já na noite de ontem (5), Humala foi a Plaza Dos de Mayo, no centro de Lima, para encontrar e agradecer seus simpatizantes pelo apoio. "Vamos promover mais investimentos, vamos levar uma economia de mercado que é a consolidação, o fortalecimento do mercado interno”, discursou.
Na ocasião, o novo mandatário peruano lembrou seu compromisso em garantir a estabilidade jurídica, reconhecer os contratos assinados pelo Estado e criar programas sociais. Da mesma forma, reforçou sua promessa em formar um governo de "concertação nacional”.
"Como indiquei em minha campanha, pretendo constituir um governo de concertação nacional, representativo das forças democráticas e aberto à sociedade civil”, anunciou à imprensa.
De acordo com ele, o objetivo será garantir um país "para todos, mais justo e menos desigual”. Para isso, trabalhará pela unidade nacional, pelo fortalecimento do mercado interno e pela geração de empregos.
Em relação à política externa, Humala anunciou à população concentrada na Plaza Dos de Mayo que manterá relações fraternas com os povos latino-americanos e buscará a "integração com todos os países da região”.
O líder de Gana Perú já recebeu ligações de representes e chefes de Estado latino-americanos pela vitória nas urnas. Evo Morales, presidente da Bolívia, foi o primeiro a parabenizar o novo mandatário peruano. "Os povos lutam por sua soberania e sua dignidade. Esse é o resultado das eleições no Peru”, comentou.
Notícias dão conta de que Humala também já recebeu os cumprimentos pelo resultado das eleições de Sebastián Piñera, presidente do Chile, de Alejandro Toledo, ex-candidato presidencial do Peru, e do escritor Mario Vargas Llosa.
Prisão comum para Fujimori
"Evidentemente, o mais provável é que o ex-presidente [Alberto Fujimori] mude de centro de reclusão para um centro penitenciário ad hoc para uma pessoa que cometeu graves delitos, o que não quer dizer que não vai se respeitar sua saúde e seus direitos fundamentais”. A afirmação foi dada hoje (6) pelo vice-presidente eleito, Omar Chehade, em referência a Alberto Fujimori, ex-presidente do Peru e pai de Keiko Fujimori, candidata derrotada nas eleições presidenciais.
Fujimori cumpre, no quartel policial, uma pena de 25 anos de prisão por crimes de violação aos direitos humanos e corrupção cometidos durante seu mandato presidencial. "Definitivamente, (o quartel policial de) Diroes não é um centro apropriado para uma pessoa que cometeu esses delitos tão graves que foram reconhecidos por todo o mundo”, destacou.
Com informações de Telesur, PL, Pagina/12 e Prensa Libre
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