Morreu em São Paulo o
ex-ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. Ele estava internado no Hospital
Sírio Libanês há uma semana.
Márcio Thomaz Bastos era considerado
um dos mais importantes advogados criminalistas do Brasil. Em 50 anos de
carreira participou de mais de 700 júris. Foi o defensor dos acusados de matar
o seringalista Chico Mendes, do cantor Lindomar Castilho, do jornalista Pimenta
Neves e atuou na defesa do médico Roger Abdelmassih, condenado a 278 anos de
prisão por 48 ataques sexuais a pacientes.
Ele nasceu em Cruzeiro, interior de
São Paulo. Se formou em direito pela faculdade da USP, em 1958. Começou a
trabalhar num escritório que abriu na casa do pai. Começou na política
ainda em Cruzeiro, onde foi vereador. Depois, já na capital paulista, como
presidente da OAB de São Paulo participou ativamente da campanha das Diretas.
Era do Conselho Federal da OAB
durante a Assembleia Nacional Constituinte. Foi um dos redatores do pedido de
Impeachment do então presidente Fernando Collor e o ministro da Justiça no
primeiro governo Lula.
Sua atuação mais recente foi no processo do mensalão, como defensor do ex-dirigente do Banco Rural, José Roberto Salgado, condenado a uma pena de 14 anos e quatro meses de prisão por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta de instituição financeira e evasão de divisas.
Sua atuação mais recente foi no processo do mensalão, como defensor do ex-dirigente do Banco Rural, José Roberto Salgado, condenado a uma pena de 14 anos e quatro meses de prisão por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta de instituição financeira e evasão de divisas.
Márcio Thomaz Bastos tinha 79 anos.
Ele estava internado no Hospital Sírio Libanês por causa de complicações
pulmonares. Ele vai ser velado na Assembleia Legislativa de São Paulo. Márcio
Thomaz Bastos vai ser cremado nesta sexta-feira (21), às 8h em Itapecerica da
Serra, na Grande São Paulo.
A presidente Dilma Rousseff divulgou
uma nota de pesar lamentando a morte de Márcio Thomaz Bastos. Segundo a
presidente, o Brasil perdeu um grande homem, o direito perdeu um renomado
advogado e ela perdeu um grande amigo. A nota diz ainda que como ministro, ele
foi o responsável por avanços institucionais como a reestruturação que ampliou
a autonomia da Polícia Federal.
O ex-presidente Lula disse que
Márcio Thomaz Bastos foi um corajoso defensor da lei, um homem raro que
contribuiu para mudar a história do Brasil e disse que ele em particular perdeu
um amigo.
O presidente do Tribunal Superior
Eleitoral Dias Tóffoli divulgou uma nota em nome do TSE dizendo que Márcio
Thomaz Bastos foi um dos maiores advogados da história do Brasil.
G1
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