Depois de renunciar à presidência do partido o qual fundou, o
PSB, por decisão da maioria de apoiar o candidato do PSDB, Aécio Neves, à
presidência da República em 2014, Roberto Amaral, agora, vê a legenda mais uma
vez tomar decisão que ele considera "uma tragédia", a de se fundir
com o PPS, legenda que faz oposição ferrenha ao governo no Congresso.
Para Amaral, o
verdadeiro objetivo da junção das siglas é o de pavimentar o caminho do
governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do PSDB, rumo às eleições
presidenciais de 2018.
"Na verdade,
o PSB de hoje virou um pasto na disputa interna do PSDB às eleições
presidenciais de 2018, da ala tucana ligada ao governador Geraldo Alckmin, na
tentativa de fortalecê-lo na disputa interna com Aécio Neves", disse
Amaral, em entrevista ao Broadcast Político, da Agência Estado.
Além de ser
"uma tragédia, uma burrice e uma traição ao socialismo", Roberto
Amaral avalia que a fusão do PSB com o PPS é compatível com a visão pragmática
da nova direção da legenda, que privilegia o crescimento aritmético em
detrimento da política.
"É
lamentável que, em vez de se tornar um desaguadouro dos quadros descontentes da
esquerda, o PSB tenha optado por ser um ator secundário da direita". Ele
reforça que a fusão já está sendo arquitetada há muito tempo, com a finalidade
de alçar Alckmin à cabeça de chapa do PSDB em 2018.
Amaral afirma que
"infelizmente a fusão das duas siglas já está dada". "A renúncia
ao socialismo já foi feita, não é mais o partido de João Mangabeira, Miguel
Arraes e Jamil Haddad." Apesar da decepção, ele afirma que por ora não
está decidido a sair do PSB.
fonte: Brasil 247
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