O jurista Miguel Reale Júnior deverá
entregar na quarta (20) parecer jurídico, encomendado pelo comando nacional do
PSDB, sobre a possibilidade do partido ingressar com pedido de impeachment da
presidente Dilma Rousseff (PT). O prazo foi dado em encontro na última quinta
(14), na capital paulista, entre o jurista e o líder do PSDB na Câmara dos
Deputados, Carlos Sampaio (SP).
Com a
finalização do parecer, o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, deverá
marcar na semana seguinte reunião com os partidos de oposição ao governo
federal para definir se ingressarão com o pedido.
Lideranças
tucanas têm dúvidas sobre a possibilidade de o impeachment da petista ser
justificado por uma condenação por crime de responsabilidade pelas chamadas
"pedaladas fiscais" no mandato anterior.
A sigla
decidiu avaliar melhor a questão devido à manifestação do procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, de que a petista não pode ser processada por crime
cometido antes do atual mandato.
Além do
crime de responsabilidade, Reale Júnior estuda a possibilidade de ser
ingressada ação penal contra Dilma por crime comum em decorrência do escândalo
da Petrobras, o que a levaria a perder o mandato caso fosse condenada.
A questão do
impeachment enfrenta resistências no próprio PSDB. O governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador José
Serra (SP) já se manifestaram contra. A bancada tucana na Câmara, no entanto,
insiste na tese do impeachment e ameaça ingressar isoladamente com o pedido se
não tiver apoio da sigla.
O partido
pretende ter uma decisão sobre a questão até o dia 27 de maio, quando
movimentos contrários à presidente pretendem se reunir com líderes da oposição
no Congresso.
fonte: DN
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