A Comissão Mista que analisa a Medida Provisória (MP) 698/2015 se reúne hoje (terçafeira, 8), em
Brasília, para analisar o relatório do deputado Arnon Bezerra (PTB) sobre a MP, que muda as regras
do Programa Minha Casa Minha Vida em relação aos financiamentos com recursos do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
A medida assegura que se os beneficiários do programa não quitarem as prestações dos imóveis que
serão construídos com recursos do FGTS, o Tesouro Nacional vai fazer a compensação.
O FGTS já está operando com o pagamento de parte da aquisição de imóveis novos, produzidos
com recursos do Programa Minha Casa, Minha Vida. Porém, as regras atuais exigem um tipo de
garantia específica e, por isso, será necessário que o Fundo de Arrendamento Residencial (FAR)
garanta o risco de crédito no financiamento imobiliário ao agente financeiro, como ocorre hoje, mas
em favor do beneficiário.
Para essa medida, será feita uma caução de depósito dos valores recebidos do FGTS exatamente
no montante correspondente ao valor financiado ao mutuário, prevendo devolução do crédito ao FAR
após a garantia. O FAR continua responsável também pela cobertura do risco de danos físicos ao
imóvel e risco de morte ou invalidez permanente do beneficiário, como já está previsto na Lei
11.977/09.
O governo justifica que, dessa forma, abrese uma fonte alternativa de recursos para a continuidade
do Programa Minha Casa Minha Vida, principalmente com novo fluxo de pagamento para o FAR, que
tem efeito positivo nas obras em andamento e, consequente geração de emprego, uma vez que o
setor da construção civil é intensivo em mão de obra.
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