A opinião dos gestores é a mesma: o terminal de passageiros está saturado. Para o número de gente que recebe, já se tornou pequeno. Por mês, cerca de 13 mil passageiros passam por lá. Ano passado, uma média de 152 mil pessoas chegou ao Aeroporto Orlando Bezerra de Menezes, em Juazeiro do Norte, ou saiu dele. Outra reclamação é quanto ao estacionamento - também pequeno. Além disso, o local só recebe aeronaves de médio porte. Há seis anos, o aeroporto é administrado, por meio de um convênio, pelo Governo do Estado e pela Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero).
De acordo com o superintendente do aeroporto, Edson Fernandes, o terminal de passageiros está do mesmo jeito há, pelo menos, 20 anos. Nunca passou por uma modificação mais significativa. É pequeno e desconfortável, cita. "Ele precisa ser mais amplo tanto para atender melhor ao passageiro como pela questão da operacionalidade. Hoje, está estrangulado. Com o crescimento registrado, sabemos que o aeroporto já carece de uma estrutura melhor", diz o superintendente.
Saindo de Fortaleza, apenas uma companhia, a Gol, faz vôos para a cidade. Edson Fernandes diz que existe a expectativa de novos vôos para Juazeiro. "O cenário está muito propício", afirma. Mas nada certo por enquanto. A pista também precisa ser melhorada para suportar aeronaves de grande porte, conforme o superintendente. Hoje, só aceita aviões tipo Boeing, porém, mais leves. "Atualmente, só pode receber aeronaves de médio porte, mas ainda com restrição".
A preocupação é com a falta de resistência. Porque, em termos de segurança, "a pista está um tapete vermelho", declara o superintendente do aeroporto. Ele diz que o Governo do Estado não tem cumprido sua parte no convênio firmado em 2002, no que se refere às obras no local.
Desde 2001, foram poucas as intervenções do governo, de acordo com ele. "As únicas melhorias foram uma cerca colocada em todo o perímetro aeroportuário e a instalação de um prédio de bombeiro de aeroporto". Para ele, o que falta é o governo fazer ajustes no convênio para que a administração passe a ser totalmente da Infraero. Assim, os serviços seriam feitos mais rapidamente, sugere Edson Fernandes.
Mas o Estado contesta. Conforme o engenheiro Carlos Roberto Romero, gerente do Programa Aeroportuário do Estado do Ceará pelo Departamento de Edificações e Rodovias (DER), cerca de R$ 10 milhões já foram investidos na conservação do aeroporto e na revitalização da pista de pouso de aeronaves. Quase R$ 8 milhões foram do Governo. O restante, da Infraero. "Implantamos o serviço contra incêndio e voltou a funcionar o abastecimento de aeronave", cita.
SERVIÇO
O Aeroporto Orlando Bezerra de Menezes, em Juazeiro do Norte, fica na avenida Virgílio Távora, s/nº, no bairro de Fátima. Telefone: (88) 3572 2118.
E-Mais
De avião, a viagem até o Cariri dura menos de uma hora. Cinqüenta minutos, no máximo. De carro, são mais de sete horas.
O nome antigo do aeroporto era Aeroporto Regional do Cariri. Foi substituído em 2001, quando passou a ser chamado, oficialmente, de Aeroporto Orlando Bezerra de Menezes.
Além de Juazeiro, mais sete cidades têm aeroporto administrado pelo DER. São elas: Iguatu, Crateús, Campos Sales, Quixadá, Aracati, Sobral e Camocim.
Está em construção o aeroporto de Tauá. A previsão é de que, em oito meses, ele já esteja pronto. O de Aracati está passando por obras de ampliação.
O Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza, é totalmente administrado pela Infraero.
Jornal O Povo
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