A CUT, em nota divulgada hoje (7), orienta as entidades filiadas a se dedicar com “intensidade” a convocar um dia nacional de paralisação no próximo dia 29. A direção nacional da central qualifica a agenda de protestos como um movimento “em defesa dos direitos, da democracia e do projeto de desenvolvimento vitorioso nas últimas eleições”. De um lado, o chamado da entidade repele os gestos reiteradas vezes considerado “golpe”, como as manifestações pelo “fora Dilma!” e as articulações pelo impeachment da presidenta eleita.
Ao mesmo tempo, cobra coerência e critica a política econômica adotada pelo Planalto: “A CUT reprova a atual política econômica do governo por ser incoerente com o projeto que os/as trabalhadores apoiaram e que foi vitorioso nas últimas eleições (…) Considera inaceitáveis as perdas de direitos contidas nas MPs 664 e 665 e posiciona radicalmente contra sua aprovação no Congresso Nacional (…) As medidas de ajuste deveriam incidir sobre os setores mais abastados da sociedade que concentraram renda e poder sonegando impostos e se beneficiando de uma política tributária regressiva”, assinala o documento, que inclui, além da condenação à agenda econômica, bandeiras de movimentos sociais que ajudaram a eleger o atual governo e que estão sendo negligenciadas pelo Executivo, como a reforma política e democratização dos meios de comunicação".
A central questiona a “eficácia da elevação da taxa de juros como medida de combate à inflação e seu efeito deletério na economia, ao provocar a elevação da dívida pública, limitar o investimento do Estado em infraestrutura e políticas públicas e inibir o investimento privado na produção”.
A entidade também assinala a resistência à legalização das terceirizações previstas no Projeto de Lei 4.330 – aprovado de “forma truculenta” pela Câmara dos Deputados e em tramitação no Senado. Condena propostas de emenda constitucional, em andamento no Congresso, que transferem do Executivo para o Legislativo a responsabilidade pela demarcação de terras indígenas. E cobra dos governos do Paraná e de São Paulo respeito aos professores em greve.
fonte: Brasil Atual
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