O Dia Internacional da Mulher tem pouco a ser comemorado no Ceará. Os altos índices de assassinatos de mulheres fazem o Estado apresentar uma das piores taxas de mortes de pessoas do sexo feminino. Em 11 anos, nada menos que 1.865 foram vítimas de assassinato, uma média de 169 por ano.
Somente nos dois primeiros meses de 2016, foram 48 casos, sendo 20 no Interior, 15 na Região Metropolitana e outras 13 em Fortaleza.
Assim como nos casos de mortes de homens, a maioria dos crimes vitimando mulheres no Ceará é praticada com o uso de arma de fogo. Adolescentes, jovens, mulheres adultas e até idosas são mortas por motivos diversos, mas a maioria em crimes passionais, sexuais (estupros seguidos de assassinato) ou envolvimento com o tráfico de entorpecentes, além dos casos de latrocínios (roubo seguido de morte).
No ano passado, 13 adolescentes (idades entre 12 e 18 anos incompletos) foram assassinadas no Estado. Além disso, outras sete tornaram-se vítimas de latrocínios, isto é, acabaram mortas quando eram atacadas por assaltantes. Entre elas, uma policial civil lotada na Inteligência da Secretaria da segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).
Número
Nestes 11 anos pesquisados, um deles se destacou pela queda brusca no número de mulheres assassinadas no ceará. Foi 2008, quando a taxa de morte desse gênero atingiu o menor patamar: 93 casos. Aquele também era o ano do segundo aniversário da Lei Maria da Penha, mecanismo legal que entrou em vigor em 22 de setembro de 2006 com o objetivo de inibir a violência contra a mulher.
No entanto, nos anos seguintes, as taxas foram crescendo ano a ano, chegando a 272 casos em 2014.
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