quarta-feira, 28 de março de 2012

Em Paraipaba quase todo secretariado preso

O município de Paraipaba (a 100 km de Fortaleza), amanhece, hoje, com quase todos seus secretários presos. Eles são acusados de participar de esquema de fraudes em licitações que, segundo o promotor Igor Pinheiro, deixou rombo de pelo menos R$ 2 milhões nos cofres públicos.

As 16 pessoas que tiveram prisão decretada foram detidas, ontem, depois de operação conjunta da Procuradoria de Crimes contra a Administração Pública (Procap) e da Polícia Civil. Uma delas foi solta ainda ontem.

Oito dos onze secretários municipais foram levados para a Delegacia de Capturas (Decap) e para o Departamento de Inteligência Policial, em Fortaleza. Além deles, o presidente e outros três membros da Comissão de Licitação do Município e empresários foram presos.

Computadores, documentos, celulares e duas armas foram apreendidos na operação, que se estendeu aos municípios de Itapajé, São Gonçalo do Amarante, Paracuru e Fortaleza. “Se antes a gente tinha provas de desvio de R$ 2 milhões, imagine depois da análise da documentação”, apontou Pinheiro, adiantando que deve haver mais prisões.

Empresa fantasma
O suposto esquema envolvia empresas fantasmas, como supostamente seria a Megalimpo Serviços. O endereço oficial é no centro de Itapajé. Ontem, a Polícia foi até lá e constatou que o local, nunca existiu. “Nem os vizinhos nunca ouviram falar nela”, acrescenta o promotor.

As irregularidades incluiam não comparecimento de pessoas aos pregões presenciais, documentos com assinaturas pendentes e contratos e notas de empenho em branco.

O advogado de defesa dos agentes públicos presos, Fernando Macambira, afirmou ao O POVO que já pediu habeas corpus para seus clientes. Para ele, as prisões foram desnecessárias, já que “todos fizeram questão de falar sobre o assunto com a promotoria, quando convocados, e colocaram sigilos bancário e fiscal à disposição da Justiça”.

Ainda ontem, a secretária da Saúde, Luanda Araújo, conseguiu alvará de soltura. Antes de ser libertada, no momento da prisão, ela passou mal e foi levada ao hospital. O advogado não quis comentar a razão da libertação.

fonte: jornal O Povo

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