quarta-feira, 28 de março de 2012

Millôr Fernandes morre no RJ

O escritor e humorista carioca Millôr Fernandes morreu na noite da terça-feira, 27, aos 88 anos, em Ipanema, no Rio de Janeiro. De acordo com o filho do escritor, Ivan Fernandes, depois de várias internações, Millôr teve falência múltipla dos órgãos e uma parada cardíaca.

A família anunciou que o velório acontecerá para esta quinta-feira, 29, das 10h as 15h, no cemitério Memorial do Carmoo Caju, zona portuária do Rio. Em seguida, o corpo será cremado, como ele já havia recomendado à família.

O Nome

O escritor gostava de contar que o sonho de sua mãe de ter um filho chamado Milton foi transformado por um erro do tabelião, no cartório, quando o pai foi registrá-lo. Em vez de Milton Viola Fernandes, ele foi foi registrado como Millôr.

Carreira

Millôr Fernandes, aos dez anos de idade, vendeu o primeiro desenho para uma publicação jornalística no Rio de Janeiro. Jornalista, desenhista, escritor, humorista, dramaturgo e tradutor, Millôr começou a trabalhar aos 14 anos, na revista “O Cruzeiro”. No final da década de 1960, foi um dos fundadores do periódico “O Pasquim”.

Atualmente, entre outros projetos, mantinha um site pessoal em que reunia seus trabalhas dos últimos 50 anos.

Frescobol

Millôr sempre foi ligado ao esporte.
Ele se gabava de ter sido um dos idealizadores do frescobol, esporte muito praticado nas praias cariocas que não tem um vencedor - o objetivo é bater bola com seu companheiro pelo maior tempo possível. Millôr, inclusive, criou um painel em homenagem ao frescobol na Praça Sarah Kubitschek, em Copacabana.

O painel de Millôr em Copacabana, uma homenagem ao frescobol:

"O Frescobol foi um esporte que cheguei a jogar bastante bem. Esporte maravilhoso, praticado à beira mar - os participantes quase nus - de tempo em tempo interrompido por um mergulho refrescante, o Frescobol é elegante e dinâmico o tempo todo, beneficiando-se ainda da sorte inaudita de nunca nenhum idiota ter tido a ideia de lhe traçar normas, aferir pontos - permanece até hoje uma atividade pura. Há competição, mas não formalizada, pontificada. Não há vencidos nem vencedores. Portanto sem possibilidade de violência. Segue meu princípio; "O importante é nem competir.", diferente do conceito hipócrita do Conde de Coubertin: "O importante é competir", escreveu Millôr.

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