Começa a ser realizado na região, por meio do Laboratório de Economia Criativa, da Universidade Federal do Cariri (UFCA), o mapeamento dos setores que atuam no segmento. O trabalho traz uma proposta multidisciplinar e busca fazer o reconhecimento de todos os setores criativos da região, além de promover o fomento da cultura regional, através das artes, principalmente.
A ideia é abrir espaço para que novos projetos, que possibilitem o desenvolvimento do setor criativo, sejam elaborados com apoio dos órgãos governamentais e instituições financeiras de fomento.
A proposta do projeto Economia Criativa é oficializar os dados desta pesquisa junto ao Ministério da Cultura, por meio do Sistema Nacional de Informação e Indicadores Culturais.
Entre os setores relacionados ao projeto, deverão ser reunidas mais de seis mil pessoas. Somente no segmento de artesanato se estima a inserção de mais de 1.300, considerando produções individuais e coletivas.
Na medida que os dados forem captados, serão repassados para a plataforma nacional do Ministério da Cultura. A proposta está sendo desenvolvida no Cariri a partir desse mês, com o lançamento de um edital que possibilita o desenvolvimento das atividades, pela Pró-reitoria de Cultura da Universidade.
Os trabalhos serão coordenados pelo idealizador do projeto, João Bosco Dumont, do curso de Biblioteconomia da UFCA. Durante esta semana, ele participou de oficinas sobre a temática, em Salvador, na Bahia.
O intuito é promover avanços na reunião de dados, que possibilitarão mapear completamente a economia criativa das 28 cidades da região. O coordenador ainda não tem como definir o número de pessoas que serão inseridas no mapeamento, mas destaca a necessidade de realização desse trabalho, para que a partir de agora este tipo de economia passe a fazer parte do cadastro nacional, onde estão inseridos setores criativos do Brasil.
Ele destaca a característica emblemática do Cariri no segmento de artesanato, dos grupos de tradição, artes plásticas, turismo, esporte, dentre outros setores que serão fortalecidos e divulgados. Dumont reuniu alguns setores criativos a serem mapeados, conforme as orientações da Unesco, no que se refere às subdivisões.
No âmbito da economia criativa estão inseridos o Patrimônio Natural e Cultural; Espetáculos e Celebrações; Artes Visuais e Artesanato; Livros e Periódicos; Design e Serviços Criativos; Audiovisual e Mídias Alternativas. Nos setores criativos relacionados, estão o turismo, esporte e lazer. Já no patrimônio imaterial, serão mapeadas as expressões e tradições orais, rituais e práticas sociais.
A sua experiência contou no sentido de desenvolver o projeto. Ele disse que está surpreso com a demanda das possíveis parcerias. "Nem iniciamos e o projeto já tem demonstrado a sua ampla abrangência na região", avalia. Segundo ele, alguns trabalhos já vêm sendo desenvolvidos na área, inclusive do artesanato, a exemplo das Mulheres da Palha, na comunidade do Horto, que tem sido trabalhado por meio da UFCA.
Diário do Nordeste
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