quarta-feira, 26 de março de 2014

Semana do Júri reduz processos em Juazeiro e Crato


As comarcas do Poder Judiciário de Juazeiro do Norte e de Crato agendaram mais 30 processos relacionados a crimes dolosos contra a vida (homicídios), em decorrência da I Semana Nacional do Júri. De acordo com os órgãos, a iniciativa, imprimida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), visa, por meio de um mutirão, reduzir o estoque de ações judiciais, que estão em aberto nos fóruns locais. Entre os julgamentos previstos na pauta, estão crimes ocorridos há mais de 10 anos.

O juiz Mauro Feitosa, que está auxiliando os julgamentos no fórum Desembargador Juvêncio Santana, em Juazeiro do Norte, afirma que a Semana é apenas um marco inicial para uma força-tarefa, que se estenderá por mais de um mês. “Queremos desafogar as prateleiras dos fóruns, que estão abarrotadas de processos antigos. Para tanto, estamos designando um processo por dia, tendo em vista a gravidade dos casos e a necessidade de um tempo maior para que o Júri entenda o funcionamento de um procedimento judicial”, ressalta.

O promotor titular da 1ª Vara Criminal do fórum Desembargador Hermes Parahyba, em Crato, José de Deus, diz que a meta é realizar mais de 18 julgamentos até o próximo 21 de abril. “Nós temos crimes bastante antigos, alguns ocorridos há mais de 10 anos. Na maioria deles, os réus ou já estão presos ou aguardam em liberdade. Tanto a família quanto a população querem uma solução da Justiça para os casos. Como os tribunais são abertos ao público é muito importante a participação deste nos eventos”, afirma.

Crimes antigos

Entre os julgamentos realizados em decorrência da Semana Nacional do Júri estão os relativos aos assassinatos de Amarílio Pequeno e Dedé da Civil, em 20 de setembro de 2011, na Praça do Feijó, e Luis Felizeu Birô, o Luizinho, morto na recepção do Verde Vale Lazer Hotel, em 14 de novembro de 2006, ambos ocorridos em Juazeiro. Já em Crato, segundo o promotor, está previsto o caso da acadêmica de medicina, Soraia Garcia Bezerra de Melo, e de seu namorado, o advogado Manoel Ferreira Almino de Lima, executados a tiro, no dia 2 de janeiro de 1989, tendo como um dos réus Daniel Benício de Sousa Filho.

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