domingo, 4 de maio de 2014

CVM vai apurar caso Pasadena



A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão regulador do mercado financeiro, pode retomar a investigação sobre a compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras e até aprofundar a análise sobre a responsabilidade do conselho de administração da estatal no episódio.O regulador investigou o negócio a partir da denúncia de um acionista e chegou a preparar uma acusação contra o então diretor da Área Internacional da estatal, Nestor Cerveró, mas o processo não foi arquivado em fevereiro, porque prescreveu. A CVM tem cinco anos para agir, a contar dos fatos passíveis de punição administrativa e, por isso, a Procuradoria Federal pediu o arquivamento.Por lei, a CVM pode impor aos infratores de normas do mercado penas que vão de advertência a inabilitação para o exercício de cargo de administrador ou conselheiro de companhia aberta. Também pode aplicar multa de até R$ 500 mil, 50% do valor da operação irregular ou três vezes o montante da vantagem obtida ou perda evitada.O principal motivo para reabrir o processo é a eventual configuração de crime. A conclusão pode sair das investigações da PF, do Tribunal de Contas da União e do Ministério Público Federal, ou até mesmo do relatório da CPI que a oposição tenta criar. Caso as investigações culminem em processo criminal, a CVM adotaria os prazos para prescrição previstos na lei penal - superiores aos cinco anos.

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