O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, disse nessa sexta-feira (23) que algumas leis trabalhistas e a baixa produtividade têm sido entraves para a competitividade da economia do país. Segundo ele, as leis são “uma herança bastante negativa para a competitividade de uma economia que quer ser integrada no mundo”, citando, por exemplo, normas do Ministério do Trabalho.
“Considero que esse é um tema crítico para a economia brasileira hoje. Cobre várias questões como, por exemplo, a questão da terceirização”, disse o ministro, ao participar de evento na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Ele acrescentou que a Petrobras “não sobrevive” sem terceirização, assim como a Eletrobras que, “sem terceirização, também é inviável”.
O ministro destacou que no encontro das principais lideranças do setor industrial com a presidenta Dilma Rousseff, na quinta-feira (22), foram discutidas dificuldades gerais provocadas pelas normas trabalhistas e os custos para o setor.
Borges lembrou que o Brasil está entre as cinco economias que mais cresceram desde 2008, embora a expansão não tenha sido suficiente, porém o país não entrou em recessão. Para Borges, a economia brasileira ainda é altamente indexada, processo que não foi totalmente eliminado. A questão dos salários e das relações de trabalho é parte desse processo de indexação e tem de ser enfrentada, de acordo com o ministro.
Quanto à produtividade, o ministro defende que o país deve se integrar à economia mundial para resolver os problemas de oferta. “O Brasil tem um volume de comércio de US$ 0,5 trilhão e deve ser integrado ao mundo”. Para Borges, as oportunidades para essa integração estão nas áreas de infraestrutura, petróleo e gás, energias renováveis, incluindo hidrelétricas, logística de transporte, por exemplo. “Os problemas de oferta abrem oportunidades. E elas são monumentais”, ressaltou.
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