Em uma decisão histórica, o fazendeiro e madeireiro Décio José Barroso Nunes, conhecido como Delsão, foi condenado a 12 anos de prisão, pela acusação de ter mandado assassinar o sindicalista José Dutra da Costa, o Dezinho.
"É uma decisão muito importante para a causa das disputas de terras no Estado do Pará, pois pouquíssimos mandantes desse tipo de crime chegam a ser condenados.”, relatou em entrevista à Adital, Sandra Carvalho, da organização Justiça Global. O julgamento ocorreu nesta terça-feira, 29 de abril, e Delsão ainda pode recorrer da decisão em liberdade.
Para Sandra, apesar de todas as circunstâncias que pesavam contra a acusação, "a atuação do Ministério Público foi exemplar, muito contundente.”. Antes do julgamento, a viúva de Dezinho, Maria Joel da Costa, afirmou que tinha confiança na condenação, apesar de saber como é difícil levar a julgamento os mandantes de crimes agrários. Após a morte do sindicalista, Maria assumiu a luta e passou a ser ameaçada também. Hoje, ela vive sob proteção policial e já escapou de dois atentados.
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