Pouco mais de um mês após o retorno da administração dos mercados
públicos de Juazeiro do Norte à municipalidade, em obediência a uma
determinação judicial, permissionários que atuam nos espaços de comercialização
ainda reclamam da falta de ações que resultem na melhoria da infraestrutura,
limpeza e segurança dos equipamentos. Conforme os permissionários, o risco de
incêndios é iminente por conta da precariedade da rede de energia, que
atravessa grande parte da estrutura do telhado dos mercados públicos.
Os comerciantes que atuam nos mercados
Senhora Santana, Pirajá, Pio XII, Raimundo Viana e Triângulo, também reclamam
da continuidade de aparecimento de insetos e animais, como baratas e ratos,
devido ao acúmulo de lixo nas imediações dos equipamentos. A insegurança,
gerada por roubos e assaltos, que acontecem quase que diariamente nos locais, é
outro motivo de queixas levantadas pelos comerciantes.
Invalidado
Até o último dia 25 de setembro, a
administração dos equipamentos era realizada pela empresa SR. Empreendimentos.
O contrato celebrado entre a empresa e o município foi invalidado pela Justiça,
após suspeitas de fraude no processo licitatório que resultou na concessão de
diversos equipamentos públicos, dentre eles os mercados, à empresa. No mercado
Senhora Santana, localizado no Centro da cidade, a situação é de preocupação
por conta de uma obra que foi iniciada pela antiga administração e que, até
hoje, não foi concluída.
Comerciantes do local se dizem
prejudicados e afirmam que os prejuízos contabilizados pela falta de
infraestrutura superam 90% de perda mensal de comercialização. "Aqui não
tem mais jeito. Ação mesmo, não vi nenhuma até agora", afirmou um
permissionário que pediu para não ser identificado por medo de perder o ponto
de vendas.
Para o presidente da Associação dos
Permissionários do Mercado Público do Pirajá, Cláudio Lacerda, a Prefeitura de
Juazeiro do Norte ainda não assumiu, de fato, a administração dos equipamentos.
Segundo ele, a responsabilidade em torno de alguns benefícios efetivados nos
equipamentos nos últimos dias tem sido das Associações de Permissionários.
"Nós estamos aguardando que o município assuma de verdade os mercados
públicos, com o objetivo que estes equipamentos possam funcionar em melhores
condições. Até agora, infelizmente, não há nenhuma ação direta desenvolvida
pelo município neste sentido", afirma.
Conforme o representante, a gestão
municipal teria prometido iniciar ações de recuperação dos equipamentos tão
logo findasse o período eleitoral. No entanto, até agora, o trabalho não foi
iniciado. "As poucas melhorias que aconteceram, até agora, são fruto de
ações das Associações. O município precisa cuidar, e rápido, da reestruturação
dos telhados destes equipamentos, tendo em vista a aproximação da quadra
invernosa", observa Cláudio Lacerda.
Diário do Nordeste
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