quinta-feira, 23 de abril de 2015

Delator de tucano some e coloca Lava jato em xeque


A Polícia Federal informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última segunda-feira 20 que não conseguiu avançar na investigação contra o ex-governador de Minas Gerais Antonio Anastasia (PSDB) porque não pôde localizar a única testemunha do caso, o ex-policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, conhecido como "Careca".
Em depoimento à PF pela Lava Jato, Careca revelou ter repassado R$ 1 milhão ao senador Anastasia por ordem do doleiro Alberto Youssef. Ele prestaria novo esclarecimentos sobre o episódio no último dia 17, mas o depoimento foi adiado a pedido da PF.
O documento pedindo o adiamento e informando o desaparecimento de Careca foi encaminhado ao ministro Teori Zavascki, do STF. O ex-policial federal chegou a ser preso pela Lava Jato, mas por decisão do juiz federal Sérgio Moro, responsável pela investigação, foi autorizado a responder o processo em liberdade.
Um novo depoimento do réu também é fundamental para esclarecer a denúncia de participação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), como beneficiário do esquema de corrupção da Petrobras. Careca também revelou ter repassado propina ao deputado do PMDB no Rio de Janeiro.
Nas redes sociais, o sumiço do réu causou indignação. Internautas questionam por que o juiz Sérgio Moro determinou a soltura do delator que envolveu o nome do tucano Anastasia e não a de outros presos, como Marice Corrêa de Lima, cunhada do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. 

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