O tom de cautela do senador
Aécio Neves (PSDB-MG) em relação a eventual pedido de impeachment da presidente
Dilma Rousseff tem uma explicação. O
jurista Miguel Reale Júnior, ex-ministro da Justiça no governo FHC, a quem foi
pedido um parecer técnico sobre o tema, não embarcou na tese.
Segundo Reale Jr., um governo,
mesmo reeleito, não pode ser derrubado por fatos ocorridos na gestão anterior.
Ou seja: a presidente Dilma só poderia ser alvo de um processo de impeachment
por algo ocorrido em seu segundo mandato.
Com a negativa de Reale Jr., a
bancada tucana na Câmara estuda pedir pareceres a outros juristas, segundo
informa a coluna Painel:
Tente outra vez
Convencida de que Miguel Reale
Jr. sustentará a tese de que o mandato anterior não pode ser usado para pedir o
impeachment de Dilma Rousseff, a bancada do PSDB na Câmara tenta convencer
Aécio Neves a contratar pareceres de outros juristas. A ideia é submeter a Ives
Gandra Martins, Sérgio Ferraz e José Eduardo Alckmin pedido de abertura de
processo preparado pela coordenação jurídica da sigla, que tem como base a
omissão nos desvios da Petrobras e a "pedalada" fiscal de 2014.
A possibilidade de êxito nessa
empreitada é mínima. Tanto que o colunista Elio Gaspari informa que o próprio
Aécio deve desembarcar do golpismo, na nota abaixo:
AÉCIO
O senador Aécio Neves baixará o
tom em relação ao impedimento da doutora Dilma. Resta saber o que colocará no
balcão do PSDB. Desde que a doutora sequestrou-lhe a agenda econômica, Aécio
transformou-se no trombone da orquestra, faz barulho com pouca melodia.
Brasil 247
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