“De 1990 a 2009, cerca de 60% dos
brasileiros passaram a um nível de renda maior. Ao todo, 25 milhões de pessoas
saíram da pobreza extrema ou moderada”, afirma o documento.
“Quando eu era jovem, os pobres não
tinham nenhuma oportunidade. Hoje, acho que o Brasil está menos desigual. Dois
dos meus netos, por exemplo, conseguiram fazer faculdade e agora estão
formados”, conta a empregada doméstica aposentada Maria de Souza Moreira, 80
anos, enquanto espera um ônibus na rodoviária de Brasília, a apenas 3km do
palácio presidencial.
A impressão é comprovada em números e
análises em um novo relatório do Banco Mundial.
“Prosperidade Compartilhada e Erradicação da Pobreza na América Latina e
Caribe” mostra que o Brasil conseguiu praticamente erradicar a extrema pobreza,
e o fez mais rápido que os países vizinhos. Para completar, o país acabou
puxando para cima o desempenho da região como um todo.
“Entre 2001 e 2013, o percentual da
população vivendo em extrema pobreza caiu de 10% para 4%”, informa o estudo.
“De 1990 a 2009, cerca de 60% dos brasileiros passaram a um nível de renda
maior. Ao todo, 25 milhões de pessoas saíram da pobreza extrema ou moderada.
Isso representa uma em cada duas pessoas que saíram da pobreza na América
Latina e no Caribe durante o período.”
Os autores lembram que, até 1999, os
índices de extrema pobreza no país e no resto da região eram parecidos, em
torno de 26%. Foi em 2012 que se observou uma redução maior no percentual
brasileiro: 9,6%, ante os 12% regionais. Também chamam a atenção os indicadores
de mobilidade social nesse período. Atualmente, os do Brasil ficam em terceiro
lugar na região, atrás do Chile e da Costa Rica.
O bom desempenho brasileiro se explica
por três motivos. Primeiro, pelo crescimento econômico a partir de 2001, bem
mais estável que o registrado nas duas décadas anteriores. Segundo, pelas
políticas públicas com foco na erradicação da pobreza, como Bolsa Família e
Brasil sem Miséria.
Terceiro, pelo mercado de trabalho
nacional: no período da pesquisa, aumentaram as taxas de emprego e o percentual
de empregos formais (60% em 2012). O relatório ainda aponta a evolução do
salário mínimo, que fortaleceu o poder de compra dos brasileiros.
Em tempo: Mais de 436 mil beneficiários
do Bolsa Família registraram aumento de renda, de acordo com o Ministério do
Desenvolvimento Social.
fonte: Pragmatismo Político
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