No Dia Mundial da Água, o Comitê Cearense para a Rio+20 promoveu um debate sobre a Cúpula dos Povos e a atuação em prol de justiça social e ambiental. O evento, realizado no Instituto Federal do Ceará (IFCE), campus Maracanaú, contou com a participação de estudantes de ensino técnico e superior, com destaque para os de engenharia ambiental. A cidade de Maracanaú é conhecida por abrigar o maior Parque Industrial do Ceará, concentrado num pequeno território, o que acaba por facilitar a ocorrência de diversos problemas ambientais, com destaque para a poluição atmosférica e em lagoas e riachos.
No encontro foram socializadas informações sobre a Rio+20 e a participação da sociedade civil na Cúpula dos Povos, além de abordados os temas da Agenda 21, Economia Verde e as perspectivas para a Rio+20 e Campanha Mundial por Justiça Climática e Sustentabilidade. Atuaram como palestrantes Paulo Sombra, do Comitê Cearense para a Rio+20; Rafael Tomyama, da Secretaria de Meio Ambiente de Fortaleza; Adriana Marques, professora do IFCE e Naia Carvalho do SOS Clima Terra. A mediação foi feita pelo estudante Paulo Roberto, aluno do IFCE.
Um dos momentos mais marcantes do evento foi a fala da professora Adriana Marques, que afirmou ser necessária uma ruptura com o atual sistema que valoriza o lucro em detrimento do respeito às pessoas e ao meio ambiente. "Não podemos tratar a natureza como objeto a ser comercializado, somos os seres mais dependentes do meio ambiente e infelizmente o que mais degradamos", afirmou.
Ao final do debate, os participantes efetivaram a constituição do Comitê Maracanaú para a Rio+20, para ampliar as discussões, e deram uma demonstração simbólica, com cartazes, de que é preciso fortalecer a discussão por um melhor Código Florestal para o país.
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