O Caderno Regional do Jornal Diário do Nordeste divulgou, em sua edição desta quarta-feira, ampla matéria sobre o trabalho dos xilógrafos juazeirenses contratados para produzir capas da Cordelteca do Centenário. O texto destaca que os versos dos poetas do Cariri sobre a história e a religiosidade de Juazeiro ganharão capas de cordéis com xilogravuras produzidas pelos maiores nomes da arte contemporânea do Cariri. Serão dez xilógrafos que vão ilustrar 100 cordéis. O material faz parte de uma coleção que envolve 67 autores, sendo 27 clássicos. O trabalho seria lançado ainda durante a Semana Padre Cícero, que acontece este mês, durante a comemoração do aniversário do Padre Cícero, mas houve atrasos na confecção das xilos e na formalização dos direitos autorais. Os lançamentos fazem parte de projetos que foram desenvolvidos nas comemorações do centenário da cidade.
O mais interessante é que se deu ênfase à tradição para a produção das capas dos livretos. Todas as xilos foram produzidas na sede da histórica gráfica de cordéis Lira Nordestina, em Juazeiro. Os xilógrafos Stênio Diniz, Ailton Laurindo, José Lourenço, Cícero Lourenço, Francisco Correia Lima - Francorly, Antônio Dias, Nino, Cosmo Lemos e Cícero Vieira e Manoel Inácio talharam as peças na umburana, para dar mais durabilidade às matrizes. Um momento importante para os artistas que representam uma das expressões mais originais da terra do Padre Cícero.
Segundo o xilógrafo José Lourenço, um dos participantes do trabalho, essa tem sido a maior participação dos xilógrafos durante o momento histórico da cidade. Todas as matrizes trazem como temática a religiosidade, com história que contam em versos mo mentos marcantes da cidade, personagens, o milagre de Juazeiro, com a beata Maria de Araújo, as romarias da cidade e o que envolve a própria mística da fé nordestina.
Os xilógrafos foram contratados pelo Instituto Meta da Educação (Imeph) de Fortaleza, responsável pela edição e reedição dos folhetos. Segundo o coordenador executivo da Comissão e secretário de Turismo e Romarias, José Carlos dos Santos, para cada um foi dado um título e o conteúdo para que criasse a xilo ao seu critério, seguindo a linha do cordel. "São dez pensamentos diferentes sobre Juazeiro e Padre Cícero e cada artista imagina as situações ao seu estilo", disse o poeta e xilógrafo José Lourenço.
Para ele, foi importante ter um número maior de artistas, para diferenciar o trabalho, já que os temas são muito parecidos. Quanto aos cordéis, José Carlos adiantou que serão 50 reeditados e outros 50 inéditos com prazo ainda indefinido para o lançamento da c oleção.
A maioria dos cordéis pertence à Academia Brasileira do Cordel (ABC). O critério de escolha da maior parte dos livretos partiu da própria Comissão de Organização do Centenário de Juazeiro do Norte, que começou a planejar diversas publicações bibliográficas. Grande parte do acervo foi lançado no ano passado, durante a comemoração dos 100 anos da cidade. Serão distribuídos 100 mil cordéis entre
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