sábado, 1 de março de 2014

Professores temporários da rede estadual reclamam de atrasos salariais

Um grupo de professores temporários contratados pelo Governo do Estado, no final de janeiro, informou que cerca de sete mil educadores ainda não tiveram seus nomes publicados no Diário Oficial do Estado (DOE). Com isso, eles não poderão receber o salário referente ao mês de fevereiro. O grupo, que preferiu não se identificar por medo de alguma represália, informou que foram poucos os educadores temporários que tiveram os nomes publicados e têm a situação regularizada. Os professores restantes, segundo eles, talvez só sejam regularizados no mês de março, podendo receber seus salários apenas em abril.

O grupo disse ter ido até a Secretaria Estadual da Educação (Seduc) e recebido a justificativa de que os nomes não tinham sido publicados por não ter dado tempo organizar todas as documentações. Além disso, teria havido alguns problemas no sistema da secretaria que atrasaram o procedimento. Ainda segundo o grupo, a Seduc afirmou que muitos diretores das escolas estaduais atrasaram a entrega das documentações. Os professores, porém, afirmam que muitos tiveram seus documentos entregues no inicio de fevereiro. O contrato desses docentes, especificamente, tem a duração de um ano. Na avaliação de alguns deles, está cheio de falhas.

O Sindicado dos Professores do Estado do Ceará (Apeoc) informou apenas que está ciente do que está ocorrendo com os profissionais temporários e que foi marcada uma reunião na Seduc para logo depois do Carnaval.

Procurada pelo O POVO, a Seduc informou que as publicações no DOE dos professores contratados são feitas diariamente, desde o mês de janeiro, e para serem realizadas, os contratos passam por alguns procedimentos, o que pode ocasionar uma demora na publicação. Ainda de acordo com a Seduc, já foram publicados 10.618 contratos desde o inicio do período letivo, e diariamente a pasta recebe documentação de escolas. A secretaria disse que para melhor explicar por que os nomes desses professores que procuraram O POVO ainda não foram publicados, seria preciso ter acesso aos nomes e dados dos educadores.
 jornal O Povo 

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