O Ministério da Saúde inicia na próxima segunda-feira (10) a
vacinação contra o papiloma vírus humano (HPV), principal causador do câncer de colo de útero.
Meninas de 11 a 13 anos devem ser imunizadas em três momentos distintos,
sendo a segunda dose aplicada seis meses após a primeira. A terceira deve
ocorrer cinco anos depois.
Em entrevista à Agência Brasil, o secretário de Vigilância
em Saúde, Jarbas Barbosa, explicou que a pasta está orientando estados e
municípios a aplicar a primeira dose nas próprias escolas. Segundo ele, países como Austrália e
Reino Unido adotaram a estratégia e obtiveram altos índices de cobertura
vacinal. “Adolescente não é um público que frequenta postos de saúde. Mas, a
partir da segunda dose, é preciso procurar uma unidade de saúde”.
Jarbas destacou que a imunização é uma ferramenta de
prevenção, e que, após o início da vida sexual, a menina deve se submeter
também ao exame conhecido como papanicolau.
Ele lembrou que a vacina protege dos subtipos 16 e 18 do HPV, mas não de todos
os subtipos do vírus nem das demais doenças sexualmente transmissíveis (DST).
Por isso, a recomendação é usar preservativo nas relações.
“O papanicolau protege o presente. O
HPV é muito infectivo e, aos 25 anos, por exemplo, mulheres com vida sexual
ativa já tiveram contato com o vírus. O que elas têm que fazer é o papanicolau.
O futuro é que a gente protege do HPV”, disse. “Vacine tranquilamente. Vai ser
uma ocasião importante e uma oportunidade para a mãe agendar o papanicolau”,
completou.
Diário do Nordeste
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