Cerca de 25% da população cearense conta com rede coletora de esgoto, enquanto a água tratada chega a 70% dos cearenses, de acordo com o Instituto Trata Brasil. Outro indicador de saneamento básico aponta os desafios do Estado: 86% dos municípios ainda descartam resíduos sólidos em lixões, conforme levantamento do Tribunal de Contas dos Municípios do Ceará (TCM). Os dados foram discutidos no seminário “Saneamento Básico: cenários e desafios para a universalização”, realizado ontem, 10, na sede da Procuradoria Geral da Justiça no Ceará, em Fortaleza.
Se o Ceará mantiver os investimentos em saneamento básico na média de R$ 220 milhões por ano, como foi entre 2011 e 2013, serão necessários mais de 40 anos para universalizar os serviços à população. Este foi o diagnóstico apresentado por Édison Carlos, presidente do Trata Brasil. Segundo ele, o investimento ideal ficaria entre R$ 7 e R$ 9 bilhões anuais para garantir água tratada, esgotamento sanitário, drenagem urbana e manejo dos resíduos sólidos. Durante o encontro, o governador Camilo Santana (PT) lançou consulta pública para texto de legislação estadual, criando dispositivos que poderão captar recursos para ampliar as redes de água e esgotamento no Ceará.
jornal O Povo
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