O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), apresentou nesta segunda-feira 6 o resultado de uma auditoria que identificou a real situação em que o estado foi encontrado no início de 2015 pelo petista, após 12 anos de gestão do PDSB. O último governo foi de Antonio Anastasia, que deixou o cargo antes do término do mandato para trabalhar na elaboração do plano de campanha do senador Aécio Neves (PSDB-MG), que se candidatou à presidência no ano passado.
O balanço apresenta um quadro caótico em todas as áreas da administração pública em Minas. “No geral, o diagnóstico aponta um cenário grave, com destaque para o déficit no orçamento da ordem de R$ 7,2 bilhões, com milhares de obras paralisadas, pagamentos de fornecedores atrasados, crescente desigualdade regional e um Estado onde há uma carência de planejamento estratégico para crescer de forma sustentável”, diz o texto divulgado pelo governo junto com a pesquisa.
Alguns exemplos do resultado são: o rombo orçamentário de R$ 7,2 bilhões no estado, reservatórios de água em situação crítica, apenas 26% das cerca de 3,6 mil escolas em boas condições, rombo de R$ 1,5 bilhão na Saúde, área em que faltam medicamentos, hospitais, ambulâncias e centros de exames e o crescimento de 52,3% do número de homicídios entre 2002 e 2012.
Os números foram detalhados em um hotsite, que divide o balanço em dez tópicos e, segundo o governo, “apresenta a situação básica, os principais problemas e algumas propostas de ação, sendo um resumo do balanço de 90 dias apresentado pelo Governo de Minas Gerais. Além dos relatórios de cada secretaria, também foram realizadas reuniões e entrevistas com os secretários de Estado para definir o conteúdo final”.
A plataforma permitirá, em breve, “que o cidadão possa interagir com o governo estadual. A ideia é ouvir a população para ampliar o diagnóstico, que será atualizado periodicamente”, segundo informa o governo.
site Brasil 247
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