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leiam texto do professor Augusto(está no facebook):
A avalanche de
votos que o prefeito Ronaldo Gomes de Matos recebeu – na recente eleição -,
mostrou o desejo de mudança do cratense. Não suportava mais conviver com o caos
em que se encontrava a sua cidade. Problemas eternos que ele esperava ser
resolvido, simplesmente foram ignorados há décadas. Muito claro o recado – sem
brigas, sem discussões, usou apenas o voto.
Ocorre que Samuel Araripe não esperava esse fato
inédito na política cratense, tinha absoluta certeza e certeza
absoluta de que faria o seu sucessor, suas contas seriam aprovadas,
candidatava-se a deputado estadual, ganharia e tudo seria como nas histórias
românticas – felizes para sempre. Claro que toda a casta em torno dele seria
mantida. Com a eleição do sucessor, dar-se-ia um jeito de encobrir a cidade
destroçada e apresentar, por mais quatro anos, a ilha da fantasia.
De repente, o Crato começa a ressurgir e, aos
poucos, observam-se realizações que incomodam porque, de tão simples, a
primeira pergunta que se faz é mais que evidente – “por que isso não foi
feito”? E a segunda, mais óbvia ainda – “por que se passaram tantos anos e
acharam por bem que não deveriam fazê-la”?
A consequência é que todos os dias um ódio profundo
e irracional é exalado contra o prefeito Ronaldo. Ódio de inimigo,
não de oposição. Oposição é outra realidade, é outro modo de encarar as
flexibilidades da política. Inimigo só enxerga defeitos, quer ver a caveira do
outro, quer anulá-lo, quer mais que ele se dane. É ódio mesmo, nada de amor
pela cidade, finge, apenas, que a ama.
Ao procurar o
inimigo que pensa ser, esquece-se de que no cartaz de busca havia duas opções –
VIVO ou MORTO. Prefere a segunda à primeira. A mais frustrante decepção é não perceber que a esmagadora parte dos
eleitores que elegeu Ronaldo Gomes de Matos pede mais respeito pela escolha
feita nas urnas. Querem apenas que o deixem em paz para que a cidade possa renascer
das cinzas. Não deseja que o seu problema pessoal, motivado por algumas
subtrações, interfira no desejo de concretizar um crescimento.
Reconhecer mudanças é simples, mas difícil para quem nunca conviveu com elas.
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