Apesar do relevante papel exercido por Fortaleza nas eleições estaduais, ainda é o Interior que define o resultado. “O eleitor de Fortaleza é mais consciente, mas a cidade possui apenas um terço do eleitorado do Ceará, aproximadamente. É o Interior do estado que decide as eleições ainda seguindo a lógica de currais eleitorais”, analisa o deputado Heitor Férrer.
Um exemplo disso aconteceu nas eleições de 2002, quando a Capital votou em peso no candidato a governador José Airton (PT), que atingiu 63,8% dos votos válidos, enquanto Lúcio Alcântara (ex-PSDB, atual PR), apoiado por Tasso (governador à época), obteve 36,1 % dos votos. Nesse mesmo pleito Mario Mamede, candidato do PT ao Senado, conseguiu 25,4% dos votos da cidade contra 22,1% de Tasso e 21,4% de Patrícia Saboya (PDT), candidata apoiada pelo então governador. Tanto Lúcio como Tasso e Patrícia acabaram eleitos pela força dos votos do interior.
Sobre o papel dos vereadores em uma eleição estadual, o vereador Acrísio Sena (PT) defende que “pela ligação próxima com as comunidades, eles tendem a contribuir bastante nas campanhas eleitorais, seja para cargos majoritários ou proporcionais, pois reproduzem em maior escala o seu eleitorado”. Para Acrísio, em eleições acirradas o vereador pode influenciar muito os resultados, já que ele convive no dia a dia com o eleitor. (RG)
Jornal O Povo
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