Apesar de ter se aliado ao PT para enfrentar a hegemonia de Eduardo Campos (PSB) em Pernambuco, o senador Armando Monteiro Neto (PTB), 62, minimiza a importância de ter Luiz Inácio Lula da Silva a seu lado na disputa pelo governo do Estado.
A promessa dos petistas, inclusive, é que o ex-presidente tenha participação ativa na campanha estadual em PE. “(Mas esta) Não é eleição de padrinhos. O povo não vai escolher entre Lula e Eduardo”, disse o petebista.
Ex-aliado de Campos, Monteiro disputa com o PSB a tese de que Pernambuco vai bem, mas pode melhorar. “Ficamos mais exigentes em relação ao futuro”, disse.
“A questão é a seguinte: quem é que pode conduzir isso (o novo governo)? É alguém que tem currículo próprio, que tem uma trajetória própria, ou é alguém que tem uma posição subordinada ou, vamos dizer, (é) mais dependente de uma liderança nacional, de uma figura como, no caso, o Eduardo Campos?”, questionou.
Na eleições deste ano, o senador vai enfrentar o ex-secretário estadual da Fazenda Paulo Câmara (PSB), escolhido por Campos.
Neto do ex-governador Agamenon Magalhães (1893-1952), Monteiro é de uma família com história na política. Seu pai, Armando Filho, foi deputado federal e ministro da Agricultura de João Goulart (1919-1976) no governo derrubado pelos militares há 50 anos (1961-64).
Desde 1998, o senador deseja comandar o Estado. Para isso, Monteiro busca agora um vice. A negociação do senador está entre PP e PDT.
Até agora, além do PT, Monteiro conta com apoio certo de apenas outras três siglas: Pros, PRB e PSC. Do outro lado, os pessebistas já contam com outros 16 partidos na aliança, entre eles, o PMDB. Mas o senador afirma ter a seu favor palanque em 178 dos 185 municípios de PE.
Ele diz ainda não ter ideia de quanto vai precisar para bancar sua campanha, mas nega que chegará aos R$ 60 milhões especulados. “Meu orçamento está aberto.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário